Didi; da ida para São Paulo em 1941 e a volta à Formosa do Rio Preto em 2022

Formosense participou de uma tradicional descida de boia pelas águas do Rio Preto

Foto: Darlan A. Lustosa

Por Claudemir da Silva Pereira*

Jurandir Bezerra Machado, conhecido alegremente pelos amigos como Didi, nasceu em 28/8/1935, nas terras da localidade do São Benedito, aqui em Formosa do Rio Preto e, veio visitar sua terra Natal, próximo de completar 87 anos, com sua filha, a enfermeira Raquel R. Machado e também, acompanhado com sua esposa, Dirce Rodrigues Machado, baiana de Santa Maria da Vitória, carinhosamente chamada por eles de Dircinha.

Eles vieram à nossa cidade, com o amigo da família, Claudemir da Silva Pereira, ex-juiz de direito de Formosa do Rio Preto, hoje morador em Luís Eduardo Magalhães. Didi veio às suas origens, visitando as terras do São Benedito, também a cidade de Corrente, no Piauí, bem como visitou o prefeito Néo e, enfim, desceu as águas do Rio Preto com boia, junto aos amigos Claudemir, vereador Robertinho e do exímio nadador Fábio.

Foto: Darlan A. Lustosa

Em 1941, Didi e seus 8 irmãos, junto com seus pais Eurípedes e Clotilde, que buscavam uma vida melhor, junto de 2 ajudantes que com varas guiavam a primitiva embarcação, desceram este mesmo Rio Preto, sobre uma balsa de buriti, até a cidade de Barra, onde depois, de vapor (Benjamin Guimarães), pelas águas do Rio São Francisco, chegaram até Pirapora e após, de trem desceram rumo a São Paulo.

Todos ficaram encantados e impressionados com as belezas do rio e o amor e gentileza do bom povo formosense, baianos como Didi e mestre Antônio, seu irmão mais velho, poeta e escritor que aqui também morou e faleceu recentemente, aos 91 anos em São Paulo. ANTÔNIO não conseguiu mais voltar à terra que tanto amava, mas Didi sim e, desta vez, não desceu mais o rio numa balsa de buriti, mas sobre um confortável colchão inflável de ar, com um detalhe, tendo por travesseiro a barriga de sua filha Raquel.

Didi, o menino que se tornou homem, mas que não deixou de ser Didi, o bom menino baiano e alegre.

Claudemir da Silva Pereira

Claudemir da Silva Pereira é juiz da Comarca de Luís Eduardo Magalhães e também atuou em Formosa do Rio Preto (BA)

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Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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