Reconhecendo o trabalho de profissionais e incentivando os jovens talentos, o Prêmio Abapa de Jornalismo chegou à terceira edição, e divulgou, na noite de 29 de novembro, os ganhadores da edição de 2022. Os vencedores foram conhecidos durante uma cerimônia que reuniu em torno de 200 pessoas, no auditório da Casa do Comércio, em Salvador, entre jornalistas, estudantes, representantes da mídia, das universidades e do Governo, além de entidades do agronegócio. O prêmio é uma realização da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e premia produções jornalísticas, em duas categorias e diversas modalidades, que tenham como foco ou pano de fundo a cotonicultura baiana. Ao todo, foram 81 mil reais em prêmios, sendo R$36 mil para professores e estudantes da categoria Jovem Talento e R$45 mil para a categoria Profissional.
Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Brgamaschi, que apresentou os ganhadores ao lado da jornalista do agro, Georgina Maynart, a cotonicultura baiana, desenvolvida sobre alicerces sustentáveis, é relevante não apenas pelo posto que ocupa, de segundo maior produtor de algodão do país, mas como geradora de desenvolvimento regional. “A atividade é fonte constante de pautas para os veículos de comunicação, que nos procuram, querendo saber não apenas do desenvolvimento que geramos para o estado, mas em busca de histórias interessantes desta atividade, que movimenta milhares de pessoas, antes e depois da fazenda, e traz benefícios que vão muito além dos agentes da cadeia produtiva”, comentou.
Segundo Bergamaschi, nos mais de 22 anos da Abapa, a entidade tem consolidado uma relação de respeito e confiança, pautada pela transparência, com a imprensa. “Na cotonicultura, a palavra tem um peso muito grande, pois, muitas vezes, nossos negócios são fechados na confiança, antes mesmo dos contratos. Este acordo tácito entre fonte e jornalistas é fundamental para as duas partes e nós queremos fomentá-lo cada vez mais”, afirmou o presidente, apresentando, ainda, as ações que a Abapa desenvolve em diversos âmbitos, como meio ambiente, responsabilidade social, logística, educação, dentre outros.
Transformações
Uma das vencedoras do prêmio, na categoria Profissional, a jornalista Vera Ondei, da revista Forbes, ressaltou as transformações pelas quais o jornalismo tem passado nos últimos anos, as que ainda devem acontecer e a sua paixão pelo ofício. “Fui premiada em uma revista que virou digital e, mais que isso, se tornou uma plataforma. Comecei muito cedo e, até dois anos atrás, eu só falava para produtores rurais, quando fui convidada para montar a equipe de agro da Forbes. Das quarenta Forbes no mundo, a nossa é a única que tem uma editoria de agro. Então, os espaços serão preenchidos e a gente, como jornalista, tem que estar preparado para esses desafios que vão surgindo”, recomendou. Vera, que é presidente da Rede Brasil de Jornalistas Agro, disse também que a profissão de jornalismo é privilegiada, pois nos permite estar sentados na fileira da frente da história. Eu digo que, se houver uma segunda vida, eu quero voltar jornalista. Aos jovens talentos, peço que não desistam”, concluiu.
Para a coordenadora do Curso de Comunicação Social com habilitações em Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Produção Audiovisual do Centro Universitário Jorge Amado – Unijorge, o prêmio é muito significativo. “Para além de divulgar o algodão, de quebrar preconceitos e de contar histórias dessas pessoas que desbravaram o Oeste, de maneira tão brilhante, e fazendo muito mais do que plantar algodão. Vocês estão valorizando o profissional de jornalismo num momento em que se critica tanto a profissão. Esse reconhecimento é essencial. Precisamos dar visibilidade a essas pessoas que batalham para contar histórias e trazer outras narrativas. Inclusive, histórias felizes, como a do algodão”, concluiu.
In loco
Para participar na categoria Jovem Talento, os alunos, numa parceria entre a Abapa e as universidades, visitaram a região Oeste, onde conheceram diversas etapas do processo produtivo da fibra e assistiram a um ciclo de palestras. A visita ocorreu em agosto deste ano, e somou mais de 70 alunos. Este ano, além das universidades de Salvador – Ufba, UniFTC, Unifacs, Unijorge e Unime, o prêmio também teve a participação da UESB, de Vitória da Conquista. Uma das novidades deste ano é que os professores orientadores também foram premiados com o mesmo valor em dinheiro que os alunos.
Ganhadores – Categoria Profissional
Modalidade TV
Autora: Alyne Miranda
Coautores: Marta Ortega e Fernando Correia
Título do trabalho: Colheita Algodão Oeste
Veículo de comunicação: TV Oeste
Premiação: R$ 15.000,00
Modalidade Internet
Autor: Afonso Moreira
Coautora: Genílzia Pires
Título do trabalho: Produtores de algodão da Bahia investem em educação e capacitação profissional gratuita de mão de obra para o campo.
Veículo de comunicação: LEM Notícias
Premiação: R$ 15.000,00
Modalidade Jornal ou revista impressos ou digitais
Principal: Vera Ondei
Título da reportagem: A conquista da Ásia
Veículo de comunicação: Forbes
Premiação: R$ 15.000,00
Ganhadores – Categoria Jovem Talento
Modalidade Escrita
1º lugar – UFBA: Luiza Santos Gonçalves
Título do trabalho: Andando nas nuvens
Professor orientador: Não teve
Premiação: R$ 4.000,00
2º lugar – UFBA: Gleyce Kelle Santos do Nascimento
Título do trabalho: A força do capital humano na cadeia sustentável do algodão
Professor orientador: Não teve
Premiação: R$ 3.000,00
3º lugar – UNIFTC: Manuela Meneses dos Santos
Título do trabalho: ‘Melhor forma de combater o bicudo é o manejo’, aponta coordenador fitossanitário da Abapa
Professor orientador: Júlia Maria Fritsch Centurião
Premiação: R$ 2.000,00
4º e 5º lugar – não está prevista a premiação em regulamento, mas faremos uma menção honrosa e entregaremos o troféu.
4º lugar- UNIFTC: Lívia Santos de Oliveira
Título do trabalho: Raio-x da roupa: Tecnologia Blockchain valoriza moda sustentável no Brasil
Professor orientador: Diego Luz Santos
5º lugar – UFBA: Everton Ruan Amorim da Silva
Título do trabalho: Ressignificando vidas: cultura do algodão desponta como alicerce de oportunidades, emprego e renda.
Professor orientador: Ivanise Hilbig de Andrade
Modalidade Vídeo
1º lugar – UNIFACS
Autora: Beatriz Santos Meneses de Souza
Coautores: Beatriz Soares Fialho dos Anjos e João Gabriel Dourado Passos
Título do trabalho: Mercado em ascensão: conheça o futuro do biodiesel de caroço do algodão
Professor orientador: Antônio de Freitas Netto
Premiação: R$ 4.000,00
2º lugar – UESB
Autora: Tainá Aleixo Amorim Amorim
Coautor: Ednilson Silva Soares
Título do trabalho: A participação da mulher no agronegócio e na produção do algodão
Professor orientador: Dannilo Duarte
Premiação: R$ 3.000,00
3º lugar – UNIFACS
Autora: Fernanda Santos da Silva
Coautor: Não teve
Título do trabalho: Cotonicultura: mais que investimento, inovação social
Professor orientador: Antônio de Freitas Netto
Premiação: R$ 2.000,00
4º e 5º lugar – não está prevista a premiação em regulamento, mas faremos uma menção honrosa e entregaremos o troféu.
4º lugar – UNIFACS
Autora: Sara dos Santos Rodrigues
Coautor: Não teve
Título do trabalho: O Algo Além do Algodão
Professor orientador: Não teve
5º lugar – UNIJORGE
Autor: Lucas Mato Carvalho
Coautores: Ana Beatriz Silva Matos e Lorena de Oliveira Santana
Título do trabalho: O processo da produção de algodão e suas principais utilidades.
Professor orientador: Bruno Saphira Ferreira Andrade