Eleições na Bahia: Candidaturas femininas diminuem, mas número de negros cresce

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Em relação a eleição de 2014, o número de mulheres que concorrem a um cargo eletivo em 2018 caiu. O levantamento realizado pelo jornalista Bruno Luiz do Bahia Notícias em Salvador, constata também que o número de candidaturas negras teve um aumento substancial. Apesar do tema representatividade ganhar cada vez mais espaço na sociedade,  o eleitor ainda não se vê tão refletido assim na política.

Em um universo de 1.002 candidaturas registradas em 2018, no quesito gênero, 70,6% dos candidatos são do sexo masculino, enquanto apenas 29,4% são do sexo feminino. A porcentagem é, inclusive, abaixo do que determina o TSE, que impõe aos partidos uma cota de pelo menos 30% de candidaturas femininas aos partidos. Em 2014, a disparidade foi um pouquinho menor: 68,7% de homens contra 31,3% de mulheres.

Já no quesito racial, cresceu este ano o número de candidatos que se autodeclaram negros, enquanto houve decréscimo em relação aos pardos. São 490 pardos (48,9% dos candidatos), contra 271 brancos (27,05%) e 231 pretos (23,05%). Foram apenas seis indígenas (0,6%) e quatro amarelos (0,4%). Em 2014, o quadro ficou assim: 548 pardos (50,14% dos candidatos), 326 brancos (29,83%), 207 pretos (18,94%), 9 indígenas (0,82%) e 3 amarelos (0,27%).

O prazo final para o registro de candidaturas junto ao TSE foi esta quarta-feira (15). Agora, cabe à Corte Eleitoral decidir se homologa, ou não, os candidatos.

Sobre Darlan Alves Lustosa 8344 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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