Festa Literária em Formosa do Rio Preto resgata memória cultural e gera debate

Evento valoriza alguns escritores locais, mas protesto de Francisco Serpa marcou abertura

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Festa Literária Caminhos do Oeste - Flico em Formosa do Rio Preto - Foto: Portal do Cerrado

Formosa do Rio Preto – A Festa Literária Caminhos do Oeste (Flico), aberta na quinta-feira (18), resgatou parte da tradição cultural de uma cidade que já respirou arte e hoje, nem memória. Em outros tempos, Formosa do Rio Preto contou com teatro na Rua Jorge Correia, cinemas e o Centro Cívico do antigo Colégio Rosita Teixeira, além das tradicionais festas de reis, o Canta Formosa e outros encantos culturais. A Flico surge, assim, como um reencontro da comunidade com suas raízes culturais, ainda que se mantenha um museu fechado [sem] grandes novidades, para parafrasear o poeta, cantor e compositor Cazuza em “O tempo não para”, mas cobra. Às vezes, até muito caro.

Para além da beleza e da importância do evento, a cerimônia de abertura foi marcada por um episódio de protesto. O escritor e advogado Francisco Serpa, considerado o decano da advocacia em Formosa, abandonou o evento após criticar a forma como a entidade a qual preside foi citada. “Compareci e só agora lembraram, no rodapé, da academia (Alef) de Formosa. Em razão disso, estou me retirando em sinal de protesto”, declarou.

Chico Serpa, como é conhecido, lançou recentemente Antes que Seja Tarde e já havia lançado em 2023 o seu primeiro livro.

Além disso, nomes locais como o cordelista e professor Evadson Maciel e o poeta Arnônio Santiago não foram incluídos na programação, o que no mínimo gerou desconforto na deselegância do apoio ofertado pelo município.

Valorização da literatura no Oeste baiano

A Flico reúne escritores, artistas e estudantes da região com o tema “Literatura como território de vozes e memórias”. A programação seguiu até sexta-feira (19) com palestras, saraus, apresentações culturais e lançamentos de livros.

Entre os destaques estão o escritor formosense Eromar Bomfim, autor de O Língua (2019), e a professora e escritora Valdélia Bomfim, além de outros nomes da cena literária regional.

O evento, que recebeu um grande público pode ser a retomada do movimento cultural da cidade e mostra que o povo formosense aprecia a cultura

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IRONIA DEIXA QUIETO

Frescura desse homem (Chico). Numa idade dessa e quer lacrar. Deveria ter mais respeito próprio. Fazendo espetaculozinho.
Tive o prazer de conhecer Evadson. Grande professor. Este, não foi desrespeitoso com o evento. Foi íntegro, participante como vi em vídeo. Deste fico e ficaria chateado se não fosse inserido, ou citado.
Mas do outro, o velho, que fez papel de criança mimada, nem convidaria a evento, nem citaria.