
A cultura do cacau começa a ganhar força em Formosa do Rio Preto e foi tema da primeira palestra técnica promovida pelo Sindicato dos Produtores Rurais, com apoio da Faeb/Senar e Secretaria da Agricultura da Bahia, através do secretário Pablo Barrozo, que já disponibilizou 4 microtratores. O encontro reuniu aproximadamente 100 pessoas na sede do sindicato, entre pequenos e médios produtores, presidentes de associações e interessados no cultivo que chega com força ao cerrado baiano. O evento também contou com alguns integrantes do governo municipal.
A iniciativa busca apresentar caminhos para diversificação da produção agrícola no município, reconhecido nacionalmente como um dos maiores polos de grãos do Brasil.
A cacauicultura começou ganhar força no oeste baiano em 2019, com a implantação do projeto modelo na Fazenda Solaris em Riachão das Neves. Em julho último, a região sediou o maior evento do país sobre a cultura do cacau.
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Durante a apresentação, o técnico Luiz Barbosa Dias Júnior, coordenador de viveiro da BioBrasil, destacou estratégias adaptadas para pequenos, médios e grandes agricultores da região. Segundo ele, o cacau desponta como alternativa viável para diversificação da produção, sobretudo para pequenos produtores que enfrentam dificuldades de acesso à assistência técnica.
Além de tudo, estudos demonstraram que o consórcio do cacau com culturas como banana, mamão, mandioca e feijão é viável, permitindo aumentar a produtividade, diversificar a produção e reduzir riscos financeiros para os agricultores.
O Brasil ainda não consegue suprir a sua demanda pelo produto.
Primeira Ateg do cacau será implantada no município
Na abertura do evento, Hélio Justo, que preside o Sindicato dos Produtores Rurais desde o ano passado, anunciou a criação da primeira turma de Assistência Técnica e Gerencial (Ateg) voltada especificamente à cultura do cacau. A previsão é que as atividades comecem já no início do próximo ano, fortalecendo a produção local e oferecendo suporte técnico especializado.
Até aqui, no maior município baiano, o pequeno produtor esbarrava em um gargalo histórico: a ausência de assistência técnica. O problema se sustenta no alto custo dos serviços ao pequeno produtor e, sobretudo, na falta de visão estratégica da administração pública, que insiste em não priorizar o homem do campo.
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