Centenas de moradores de Formosa do Rio Preto, na Bahia, foram prestar homenagens aos seus antepassados nesta quinta-feira (2), quando é celebrado o Dia de Finados. Não há estatística de quantas pessoas estiveram nos dois cemitérios da cidade, mas em ambos a movimentação foi intensa durante todo o dia, que começou logo cedo. Entre idas e vindas, os familiares resgataram memórias e fizeram orações aos mortos.
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Diversos visitantes mantiveram a tradição de acender velas nos túmulos dos antepassados e enfeitá-los com flores, uma forma homenageá-los. Outros tantos faziam orações. Ao redor de um cruzeiro no centro do Cemitério da Santa Helena, estava tomado por uma quantidade de velas acesas. Muitos estavam emocionados, tomados certamente pela saudade.
Outros cemitérios da zona rural do município, também tiveram homenagens aos antepassados. Tereza, uma senhora de 80 anos, viajou até a localidade de Várzea de Dentro para acender velas no túmulo da sua mãe e sua avó e também para fazer orações.
Dia de Finados
O Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro no mundo ocidental, ocorre desde a Idade Média. Instituído inicialmente no século X, na abadia beneditina de Cluny, na França, pelo abade Odilo (ou Santo Odilon [962-1049], como chamado entre os católicos).
Cluny sugeriu aos membros de sua abadia que, todo ano, em 2 de novembro, dedicassem suas orações à alma daqueles que já se foram. A ação de Odilo resgatava um dos elementos principais da cosmovisão católica. A perspectiva de que boa parte das almas dos mortos está no Purgatório, passando por um processo de purificação para poderem ascender ao Paraíso.
No estado de purgação, as almas necessitam, segundo a doutrina católica, de orações, que podem pedir para elas a misericórdia divina e a intercessão dos santos, da Virgem Maria e do principal mediador, o Deus Filho, Jesus Cristo.
Com a coluna Mundo Educação do portal UOL.