Formosa do Rio Preto tem a maior proporção de pessoas amarelas do Nordeste

O IBGE considera pessoas amarelas os asiáticos ou seus descendentes. Dados são do Censo 2022.

Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay

O Censo 2022 tem revelado dados interessantes sobre Formosa do Rio Preto, na Bahia, que se usados poderiam nortear as políticas públicas para a população. Aqui, além do aumento da população preta, o IBGE revelou que o município tem a maior proporção de pessoas amarelas ou descendentes, no Nordeste brasileiro e, consequentemente na Bahia (veja abaixo). A princípio, por conta da comunidade coreana que se estabeleceu em Formosa do Rio Preto há algumas décadas. O IBGE considera pessoas amarelas, os asiáticos ou seus descendentes, como os coreanos e japoneses.

Segundo O Globo, o IBGE utiliza o conceito de “raça” como uma categoria socialmente construída na interação social e não como um conceito biológico. Na pesquisa, cada pessoa responde ao IBGE a sua percepção sobre a cor ou raça a que pertence, baseado em critérios como origem familiar, cor da pele, traços físicos, etnia e pertencimento comunitário, entre outros. Além disso, o instituto afirma que essas cinco categorias estabelecidas na investigação (branca, preta, amarela, parda e indígena) também podem ser entendidas pelo informante de forma variável.

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No país, o dado aponta que a proporção 1,1% caiu para 0,4%. Em números absolutos, a população amarela no Brasil passou de 2.084.288 para 850.130. Em comparação com os outros grupos étnico raciais, os amarelos tiveram o maior recuo, seguidos pelos brancos, com variação de 3,1%.

Na contrapartida, o município baiano teve um aumento na população amarela em mais de 53%. Se em 2010 eram 348, este número saltou para 535 em 2022, de acordo com os dados do Censo

Na verdade, Formosa do Rio Preto foi um dos três únicos municípios baianos onde a população declarada amarela cresceu. Os demais foram Quixabeira (mais 8 pessoas) e Cipó (mais 1 pessoa apenas), aponta o IBGE.

 Sobre a queda na proporção de pessoas amarelas no país, o IBGE disse que “a redução bem disseminada da população amarela entre 2010 e 2022  se explica, ao menos em parte, por um aprimoramento metodológico, que possibilitou captar melhor, com maior precisão, essa forma de identificação étnico-racial, revelada apenas nos Censos Demográficos. Em 2022, pela primeira vez, sempre que uma pessoa era identificada como amarela, uma mensagem aparecia no questionário, lembrando que essa categoria se refere a quem tem origem oriental (japonesa, chinesa, coreana etc.) e pedindo uma confirmação da escolha“, disse em nota enviada ao Portal do Cerrado.

Imagem: Divulgação IBGE

Outra comunidade asiática instalada por aqui mas que perdeu força ao longo das décadas, foi a japonesa, inclusive com participação na política com um vereador, na agricultura, no comércio e na prestação de serviços. Ao contrário da coreana, que está voltada quase que exclusivamente para a produção agrícola.

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