Um jovem de 21 anos, identificado como Taylon Sousa, teve o polegar direito amputado após a explosão de um artefato durante uma guerra de espadas, na noite de domingo (22), em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano. As informações são do g1, que confirmou o fato junto a Secretaria Municipal de Saúde nesta segunda-feira (23).
Um vídeo que circula nas redes sociais, registrou o momento da explosão. Nas imagens, Taylon aparece com a espada artesanal nas mãos segundos antes da explosão. Em seguida, ele sair correndo desesperado após o acidente.
Ele foi socorrido por moradores e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas, devido à gravidade, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Após atendimento médico, ele gravou um vídeo tranquilizando familiares e amigos. “Graças a Deus estou bem”, disse, com a mão enfaixada.
Veja vídeo aqui
Prática proibida desde 2017
A guerra de espadas é uma tradição polêmica no interior da Bahia, especialmente nas festas juninas. A prática consiste em acender artefatos feitos artesanalmente com bambu, pólvora e limalha de ferro, que são arremessados em “duelos” nas ruas. Apesar da tradição, a atividade é ilegal.
De acordo com o g1, desde 2017, a prática está proibida por decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O Ministério Público Estadual reforçou a recomendação em 2018, alertando municípios como Senhor do Bonfim a não promoverem ou facilitarem os eventos.
O Corpo de Bombeiros alerta para o risco da produção artesanal, que ocorre muitas vezes em barracões improvisados, sem segurança. Fabricar, armazenar ou soltar as espadas é crime previsto no Estatuto do Desarmamento, com pena de até seis anos de prisão.
🚨 Cronologia da proibição
- 2003 – Estatuto do Desarmamento instituído.
- 2015 – Ministério Público começa a recomendar restrições.
- 2017 – TJ-BA determina a proibição da prática.
- 2018 – MP reforça proibição em municípios juninos.
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