O Hospital Municipal Drº Altino Lemos Santiago, em Formosa do Rio Preto, na Bahia, tem nova Diretoria Administrava. Desde a última terça-feira (30), assumiu Edna Cristina Corado Pinto. Tina como é conhecida, é professora de formação e era até então a Coordenadora do Cras, agora remanejada para o HMALS. A portaria de nomeação dela ainda não foi publicada no Diário Oficial do Município.
Em contato com o site na terça-feira (30), ela informou que ontem foi o “primeiro contato com o espaço e suas atribuições. A transição será gradativamente”, conclui.
Não há informações oficiais se haverá aproveitamento do antigo diretor do hospital, no quadro de funcionários da prefeitura de Formosa do Rio Preto, mas fontes indicam que ele deve ganhar cargo da Secretária de Infraestrutura.
Desde a posse de Neo (PSD), o sistema de saúde do município tem sido alvo constante de críticas por parte dos cidadãos formosenses. Na unidade de emergência com cerca de 30 leitos, tem faltado desde medicação básica, além de insumo hospitalar como scalps, entre outros materiais para primeiro atendimento. Recentemente, nem o medicamento Atrovent, básico para nebulização havia. A diretora clínica, chegou a afirmar ao site, que era um problema na licitação, com falta do medicamento no distribuidor. (sic).
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O descaso com a saúde pública do município, tem sido alvo constante de denúncias aqui no Portal do Cerrado, mas Neo, que sempre foi dado ao diálogo, parece fazer birra de aluno de quinta série, enquanto o povo que precisa de atendimento, sofre.
Em fevereiro de 2021, um vereador da base governista e tido como cauteloso nas críticas, detonou o péssimo atendimento aos pacientes no HMALS. O vereador trocou o atendimento médico convencional da unidade de saúde, por uso de erva medicinal, chamada mastruz, após levar um coice.(leia aqui e veja vídeo)
É constante o compartilhamento de vídeos de dentro do hospital, por pacientes ou acompanhantes, mostrando desde a sujeira, equipamento enferrujados e até goteiras em dias de chuvas.
Em abril, o então Secretário Municipal de Saúde, o ex-vereador Hildejane, foi convocado a dá explicações na Câmara de Vereadores (leia aqui) pelo mau funcionado da saúde pública municipal.
Em agosto, vereadores flagravam o descaso na lavanderia do hospital (leia aqui) e aqui, nota da Secretaria da Saúde. Em seguida, o Vigilância Sanitária do estado, fez vistoria na unidade hospitalar, mas o relatório jamais foi divulgado pelas autoridades de saúde estaduais (leia aqui)
Troca de secretário
Em janeiro de 2022, diante do caos, Neo trocou o seu Secretario Municipal da Saúde, mas os problemas só pioraram, quando o cirurgião dentista nomeado, não se mostrou capaz de resolutividade.(leia aqui)
Já em abril de 2022, ambulâncias quebraram por falta de manutenção preventiva. No primeiro caso, no dia 6, a primeira delas quebrou na porta da unidade hospitalar e foi rebocada por outra (leia aqui). Apesar do fato ter sido registrado em vídeo, funcionários contratados do município fizeram uma campanha em rede social, dizendo que tudo não passava de fake news.
Cerca de uma semana depois, outra ambulância quebrou na BR-135, quando voltava de transferência de paciente do Hospital do Oeste (veja aqui). Em novembro, um paciente vítima de acidente grave, esperou cerca de 4 horas por atendimento, após a ambulância quebrar (leia aqui). O paciente morreu dias depois no Hospital do Oeste, para onde foi transferido (leia aqui)
Em março, um episódio foi marcante para a má administração do hospital. Apesar da cidade ser banhada por um rio caudaloso, a unidade ficou 4 dias sem água. (leia aqui) Na época, acompanhantes de pacientes, tinham que pedir baldes com água emprestados aos vizinhos para que os internos pudessem fazer sua higiene corporal. Antes já havia a denúncia de que aparelhos de raio x desativados estavam nos corredores do hospital (leia aqui)
Já em abril deste ano, a fossa séptica do hospital vazou por dias e o lixo e entulho tomavam conta do quintal, próximo a duas escolas do município. O problema só foi resolvido, após matéria do Portal do Cerrado (leia aqui)
Os problemas são tão graves, que em abril último, uma família acusou a unidade de saúde de negligência, após desconfiarem que uma parente dada como morta ainda respirava no necrotério. Em nota, a gestão ao invés de simplesmente solidarizar com a família e dá explicações, preferiu protocolar uma denúncia na Polícia Civil, quanto aos atos de vandalismo e disseminadores de fake news, como preferiu dizer o então Secretário João Rocha. (veja aqui)
Tomara que melhore!