IBGE: Participação de mulheres no campo aumentou nos últimos anos

Dados preliminares divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Censo Agropecuário 2017 mostram que o total de estabelecimentos agrícolas nos quais o produtor é do sexo feminino subiu de 12,7% para 18,6% entre 2006 e o ano passado.

O número de homens no campo ficou em 4,1 milhões, enquanto as mulheres permanecem 945,4 mil. O número de mulheres declaradas codiretoras do estabelecimento agropecuário atinge 816.926 pessoas, em 2017.

Idosos

O censo também revela tendência de envelhecimento do produtor, ocasionando, em alguns estados, agregação de estabelecimentos para arrendamento a terceiros. O censo agropecuário de 2017 mostra aumento da participação de idosos de 65 anos de idade ou mais na direção do estabelecimento, atingindo 21,41%.

Antonio Carlos Florido disse que “está havendo um envelhecimento gradativo dos produtores, sem uma sucessão de filhos”. Em 2006, os idosos correspondiam a 17,52% dos produtores.

Raça

Pela primeira vez, o censo investigou a cor ou raça dos produtores e apurou que em números isolados, predomina a população parda e negra, com 52% (2,66 milhões de pessoas, seguida pelos brancos, com 45% (2,29 milhões). O resultado acompanha a distribuição da população, segundo a PNAD Contínua de 2017.

Educação

Cerca de 3,8 milhões de produtores disseram saber ler e escrever no censo de 2017, contra 1,16 milhões que não tinham alfabetização. Do total de produtores, 79,1% não foram além do ensino fundamental e 15,5% nunca frequentaram escola. Por outro lado, apenas 5,58% cursaram ensino superior.

O acesso dos produtores à internet aumentou mais de 1.790,1% entre 2006 e 2017. No censo de 2006, 75 mil estabelecimentos agropecuários tinham acesso à internet. Em 2017, esse número subiu para 1,42 milhão de produtores.

O Censo Agro 2017, com informações mais detalhadas será divulgado em julho de 2019.

Sobre Darlan Alves Lustosa 8346 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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