A Justiça Eleitoral cassou os mandatos do prefeito de Aramari, Tonho Cardoso (PSD), e do vice-prefeito Mirvaldo Santos (Podemos), por abuso de poder político e econômico nas eleições municipais. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (22) e ainda cabe recurso. As informações são do Bahia Notícias.
Compra de votos, vales e dinheiro em envelopes motivaram a decisão
Conforme a sentença, uma operação policial encontrou 19 envelopes com dinheiro e nomes de eleitores na sala da então chefe de gabinete, além de 500 vales-combustível carimbados pela campanha. As evidências indicam tentativa direta de influenciar o voto, especialmente em comunidades rurais.
Além disso, o juiz Augusto Yuzo Jouti destacou que R$ 9 mil em espécie foram apreendidos na casa de Tonho Cardoso, além de celulares e anotações que reforçaram a tese de crime eleitoral.
Ex-prefeito e aliados ficam inelegíveis por 8 anos
O ex-prefeito Fidel Dantas, tio do atual prefeito, e sua ex-chefe de gabinete também foram condenados à inelegibilidade por oito anos. A sentença considerou o uso indevido da máquina pública, com estrutura da prefeitura operando como comitê eleitoral. De acordo com o Bahia Notícias, documentos, agendas e talões de combustível foram encontrados nos carros oficiais.
A Justiça ainda determinou multas elevadas e o bloqueio de verbas públicas para a coligação envolvida. A defesa tentou invalidar o processo com base na origem anônima da denúncia, mas a justiça rejeitou os argumentos.
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