Médico pode ter sido morto em Barra (BA) por alertar sobre suposto abuso sexual

O pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, de 44 anos, pode ter sido assassinado (veja aqui) no último dia 23 na cidade de Barra no Oeste baiano, por ter alertado uma família sobre uma criança atendida por ele, que apresentou alguns sinais de abuso sexual. A informação foi dada ao G1 pelo pelo irmão da vítima, o cirurgião-dentista Lula Teixeira, de 48 anos.

Um vídeo de uma câmera de segurança, divulgado nas redes sociais, mostra o momento em que o acusado chega a clínica e acessa o consultório do médico. Em seguida há uma correria das pessoas que estavam na recepção e em seguida, o acusado sai rapidamente. (veja aqui)

“Apareceram muitas conversas aqui que estão investigando para realmente saber o que aconteceu. Teve essa conversa de que a criança chegou molestada e ele falou que tinha que ir para Irecê [cidade no centro-norte da Bahia], que Irecê que tinha o departamento para investigar, ver direito, né? Mas isso tem um tempo, porque ele como médico tem por obrigação ver uma questão dessa e alertar a mãe e o pessoal para procurar a polícia”, disse Lula Teixeira ao G1.

Apesar da declaração, nenhuma linha de investigação foi divulgada pela polícia, que investiga o caso e busca os suspeitos. O pediatra atendia em pelo menos cinco cidades da região, além da capital baiana.

Segundo a polícia, ao todo, o pediatra foi atingido por quatro tiros, um deles na cabeça. Ele chegou a ser socorrido por outros funcionários da clínica para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. O enterro de Júlio César foi na manhã de ontem (24), no Cemitério de Xique-Xique, cidade onde ele nasceu e morava.

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