Morre o jornalista Ari Cunha, fundador do Correio Braziliense

Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press

Morreu na madrugada desta terça-feira (31), em Brasília, o jornalista Ari Cunha, aos 91 anos. Colunista e vice-presidente institucional do Correio Braziliense, Cunha faleceu em casa após sofrer falência múltipla dos órgãos, segundo o jornal. Cunha ajudou a fundar o Correio Braziliense, onde era titular da coluna “Visto, Lido e Ouvido”.

O velório está previsto para as 9h de amanhã (1) e o sepultamento para as 17h, na Ala dos Pioneiros, no Cemitério Campo da Esperança, na capital federal.

José de Arimathéa Gomes Cunha nasceu em 22 de julho de 1927 em Mondubim, no Ceará. Segundo o Correio Braziliense, aos 16 anos, Cunha foi contratado como revisor da Gazeta de Notícias, de Fortaleza, e, depois, trabalhou no jornal Estado.

Ele deixou a Região Nordeste em 1948 em direção ao Rio de Janeiro, onde trabalhou no Bureau Interestadual de Imprensa e no International News Service. Por muito tempo, escreveu a crônica política para vários jornais representados pelo escritório.

Contratado pela New Press, chefiou a redação em São Paulo durante dez anos, antes de ir para o Última Hora. Em julho de 1959, passou a fazer parte dos Diários Associados. Ele se mudou para Brasília para estabelecer na nova capital o Correio Braziliense e a TV Brasília.

Repercussão

O presidente Michel Temer divulgou nota lamentando o falecimento do jornalista Ari Cunha. Temer disse ter recebido com tristeza a notícia da morte de um dos pioneiros de Brasília.

“Com tristeza recebi a notícia do falecimento do jornalista Ari Cunha, diretor do Correio Braziliense, um dos pioneiros de Brasília e cuja vida se confunde com a história de nossa capital. Brasília encontrou um veículo de imprensa impregnado da ousadia de JK no Correio Brazilienze que contou, em sua brilhante existência, com o espírito desbravador e criativo do repórter Ari Cunha”, registra o texto assinado por Temer.

Temer manifestou solidariedade à família, aos amigos do Correio Braziliense e aos Diários Associados.

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, decretou luto oficial de três dias pela morte do jornalista. Em nota, disse que Brasília perdeu uma de suas maiores expressões. “Jornalista, pioneiro, Ari Cunha confunde-se com a história de Brasília. Chegou aqui cedo e construiu-se como profissional e ser humano com a própria construção da cidade. Ainda menino, aprendi, com a leitura diária de sua coluna por meu pai, que a política é o caminho para ajudarmos as pessoas”, disse o governador.

O presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira, também divulgou nota sobre a morte de Ari Cunha. “Com pesar, recebemos a confirmação do falecimento do jornalista, colunista e vice-presidente institucional do Correio Braziliense, Ari Cunha, aos 91 anos. Cearense, Ari Cunha começou a carreira aos 16 anos na Gazeta de Notícias de Fortaleza. Peço que Deus conforte os corações de todos os familiares e amigos neste momento de grande dor. Deixo minhas sinceras condolências”.

Sobre Darlan Alves Lustosa 8329 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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