MPF e Safernet identificam mais de 6 mil sites sobre estupro infantil

Quando descobertos, 62% desses sites são removidos em 72 horas

Marcello Casal jr/Agência Brasil

 


Por Fernanda Cruz

O Ministério Público Federal em São Paulo e a organização não-governamental Safernet identificaram mais de 6 mil sites com vídeos e imagens de estupro de crianças e adolescentes no período de fevereiro de 2017 até o mês passado. As páginas criminosas foram descobertas por meio de denúncias de internautas.

Segundo a Safernet, quando descobertos, 62% desses sites são removidos em menos de 72 horas. No entanto, a velocidade da internet atrapalha o combate ao crime. “A internet é dinâmica. O siteque está no ar agora pode ser removido na sequência. Como se trata de organizações criminosas, às vezes, o site volta ao ar hospedado em outro provedor, em outro país”, disse o diretor e fundador da ONG, Thiago Tavares.

Abusos

De acordo com Tavares, o conteúdo dos sites criminosos retratam cenas de estupro de crianças e adolescentes em vários contextos e países diferentes, incluindo o Brasil. “Pode ter sido abuso sexual intrafamiliar, na escola, fruto de exploração sexual ou de tráfico humano. Então, existem muitas situações diferentes”, disse ele.

Ao longo dos 15 anos de existência, a ONG brasileira recebeu 4 milhões de denúncias, envolvendo 700 mil páginas, que foram rastreadas em 101 países. Em 2017, foram efetuadas 245 prisões em 110 operações deflagradas pela Polícia Federal. Nesse tipo de crime, 90% das imagens têm meninas como vítimas e 82% têm menos de 13 anos de idade.

O núcleo de combate aos crimes cibernéticos da Procuradoria da República em São Paulo faz a análise do material e já investiga 832 sites. Outras 269 notificações foram enviadas ao Ministério Público do Estado de São Paulo por serem crimes para a Justiça Estadual. Outros 5.888 sites foram encaminhados às centrais de denúncias no exterior.

Para denunciar, basta acessar o site da Safernet ou o portal do MPF. O Ministério Público também disponibiliza o aplicativo para celular SAC MPF, disponível para IOS e Android.

Sobre Darlan Alves Lustosa 8331 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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