Do Bahia Notícias | Entre os anos de 2001 e 2020, a região Nordeste do Brasil teve um aumento de 5%, no índice de mortalidade por hepatite crônica viral. Os dados foram divulgados na segunda-feira (3) pela Universidade Tiradentes, de Aracaju, que lançou mão de dados públicos dos últimos 20 anos sobre a doença.
A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser aguda ou crônica; além de curável ou fulminante. Foram registradas no Brasil, nas últimas duas décadas, 49.831 mortes em decorrência desta condição de saúde.
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À CNN, a cirurgiã do aparelho digestivo Sonia Oliveira Lima, orientadora da pesquisa, afirmou haver algumas causas para o aumento de óbitos no Norte e Nordeste. “Uma das explicações é que melhorou a notificação, que passou a ser obrigatória”, disse.
Além disso, a transmissão é outra questão importante. “A hepatite A, por exemplo, tem transmissão fecal-oral, e depende de saneamento básico, higiene pessoal, uso de descartáveis.”
No caso das hepatites B, C e D, a transmissão é por sangue ou esperma.
“A cobertura vacinal nessas regiões é insuficiente, e o diagnóstico é simples, mas o exame precisa ser solicitado”,
completou.
Somente a região Sudeste teve tendência de redução das mortes por hepatite no período pesquisado. “O restante apresentou um número estacionário, sem aumento ou redução, o que é muito grave”, afirmou a médica.
Conforme a informação da profissional, é preciso uma melhor comunicação para que a informação sobre a doença chegue até as pessoas, assim como incentivo à vacinação.
Com Bahia Notícias