
A Operação Falsacoop foi deflagrada nesta quarta-feira (1º) pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF). A ação apura um esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro envolvendo uma cooperativa contratada pela prefeitura de Feira de Santana, na Bahia.
De acordo com a investigação, o contrato tinha como objeto a locação de mão de obra para unidades de assistência social, financiadas com recursos do Fundo Nacional de Assistência Social.
A CGU identificou indícios de fraude, incluindo uso de pessoas interpostas para movimentar valores e ocultação do fluxo financeiro da cooperativa, considerada de fachada.
Diligências
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Jacobina (Bahia) e Joinville (Santa Catarina). A Justiça também determinou o bloqueio e sequestro de R$ 8,5 milhões.
A operação contou com a participação de quatro auditores da CGU e cerca de 20 policiais federais.
Valores e impacto
Entre 2015 e 2020, a cooperativa recebeu R$ 63 milhões em contratos com o município. As investigações apontam superfaturamento de R$ 8,5 milhões, valor que representa prejuízo direto ao erário.
Segundo a CGU, os recursos desviados poderiam ter sido aplicados em melhorias nos serviços públicos, na ampliação do acesso da população a direitos essenciais e no fortalecimento da infraestrutura de assistência social.
O superfaturamento, no entanto, teria comprometido a eficiência administrativa, afrontando os princípios da moralidade e economicidade previstos na Constituição.
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