Operação Falsas Promessas prende 22 pessoas na Bahia

Entre os presos estão policiais militares e influenciadores digitais.

Operação Falsas Promessas, Polícia Civil da Bahia
Foto: Polícia Civil da Bahia

A Polícia Civil da Bahia cumpriu 22 mandados de prisões preventivas, incluindo cinco policiais militares, além de 30 mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas da prisão, durante a Operação Falsas Promessas 2, deflagrada na manhã desta quarta-feira (9). De acordo com a Polícia Civil da Bahia, a ofensiva tem como alvo uma organização criminosa especializada em rifas ilegais e lavagem de dinheiro.

Entre os presos estão quatro investigados identificados como lideranças da organização criminosa. De acordo com a PC, localizados nos municípios de Vera Cruz, Juazeiro e na Região Metropolitana de Salvador, além de um integrante capturado no estado de São Paulo. Eles exerciam papel central no planejamento e coordenação das atividades ilícitas do grupo em diferentes áreas.

Operação Falsas Promessas prende 22 pessoas na Bahia – Foto: Polícia Civil

Com forte presença em Salvador e RMS, São Felipe, Vera Cruz, Juazeiro e Nazaré, o grupo operava por meio de uma estrutura sofisticada de transações financeiras. A polícia disse que eles utilizavam empresas de fachada e pessoas interpostas para disfarçar a origem dos valores obtidos ilegalmente.

As investigações apontam que policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema. Para a polícia, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas.

Modo de operar

O grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor, como veículos de luxo, e atraía um grande número de participantes. No entanto, os sorteios eram manipulados e os prêmios frequentemente entregues a integrantes da própria organização, com o objetivo de legitimar o esquema e ampliar os lucros.

Durante as diligências, foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebooks. O Poder Judiciário autorizou o sequestro de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado. O valor total, soma R$ 680 milhões em bens e valores.

A operação é coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), com apoio das principais unidades táticas da Polícia Civil, além do acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar, responsável pela apuração disciplinar dos agentes públicos envolvidos.

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Sobre Darlan A. Lustosa 9578 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia e tem como visão o desenvolvimento comunitário e defesa dos direitos da pessoa humana. Com registro profissional 6978/BA é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social.
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