Operação prende investigados por invadir terras Oeste da Bahia

Policial civil foi afastado do cargo. Operação Destocado ocorreu em Santa Maria da Vitória, Barreiras, Santana, no Oeste e Várzea da Roça, no Centro/Norte do estado.

Operação Destocado, Ministério Público da Bahia, MPBA, Santa Maria da Vitória, Mutum
Operação Destocado, Ministério Público da Bahia, MPBA, Santa Maria da Vitória, Mutum

Três pessoas foram presas preventivamente e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Santa Maria da Vitória, Santana, Barreiras, no Oeste da Bahia e Várzea da Roça, no Centro/Norte do estado, nesta quinta-feira (23), em operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Segundo o Ministério Público da Bahia, a ação faz parte da ‘Operação Destocado’ que investiga um grupo formado por fazendeiros e policiais que seria responsável por invadir terras e expulsar uma comunidade tradicional que fica na região do Mutum, em Santa Maria da Vitória.

A pedido do MP, a Vara Criminal de Santa Maria da Vitória determinou também o afastamento do policial civil investigado, no entanto, não há informações onde ele seria lotado.

Segundo o órgão, o grupo criminoso causa terror aos moradores da comunidade tradicional, que é conhecida como “Fecho de Pasto do Destocado”.

Após denúncias, o MP-BA passou a apurar a atuação dos suspeitos que agem para expulsar violentamente a comunidade das terras, por meio de ameaças, constrangimento ilegal, esbulho possessório com emprego de violência e incêndio (grilagem), além da violação da integridade física e patrimonial.

Entre os atos de violência praticados, o órgão destacou o ocorrido em 14 de julho de 2022, quando o grupo armado, invadiu e ateou fogo em casas da comunidade, uma das quais ocupada por seis pessoas, entre idosos e crianças.

Legalmente reconhecida pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), a comunidade “Fecho de Pasto do Destocado”, possui famílias residentes há pelo menos cinco gerações e de acordo com as investigações, sofre desde 2016, atos intimidatórios contra a posse tradicional da terra.

A investigação é realizada com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), Centro de Operações Especiais (COE), Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Delepat da Polícia Federal.

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