O novo ministro das Comunicações do governo Lula será Pedro Lucas Fernandes, ex-deputado federal pelo União Brasil do Maranhão. O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (10), pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A decisão vem após a saída de Juscelino Filho, que deixou o cargo após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e outros crimes ligados ao desvio de emendas parlamentares.
Pedro Lucas, que liderou o União Brasil na Câmara dos Deputados, é considerado um nome de confiança dentro da ala governista do partido. A princípio, sua nomeação fortalece a aliança entre o Palácio do Planalto e a legenda. O próprio presidente Lula confirmou o nome de Pedro Lucas após reunião com o ministro Rui Costa (Casa Civil), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e lideranças do partido.
Durante uma visita oficial a Honduras, Lula havia adiantado que Pedro Lucas era sua primeira opção para o cargo. “O União Brasil tem o direito de me indicar um sucessor para Juscelino, que é do partido. Já tenho um nome, conheço o Pedro Lucas. Amanhã converso com o União Brasil e, se for o caso, discutimos a nomeação dele”, afirmou o presidente.
De acordo com o Bahia Notícias, Pedro Lucas pediu para assumir o ministério após a Páscoa, tempo que deve usar para resolver questões pessoais e encerrar seu mandato como deputado. Enquanto isso, quem responde interinamente pela pasta é a secretária-executiva, Sônia Faustino Mendes.
Gleisi Hoffmann destacou que a escolha reflete um acordo político:
“O presidente aceitou o nome do Pedro Lucas, que também foi convidado diretamente. Ele só pediu esse tempo para organizar os detalhes da transição”,
afirmou a ministra.
Além disso, Pedro Lucas tem experiência administrativa. Ele foi presidente da Agência Executiva Metropolitana durante o governo Flávio Dino no Maranhão, o que reforça seu perfil técnico e político para o novo cargo.
Saída de Juscelino Filho e retorno à Câmara
A nomeação de Pedro Lucas acontece após a exoneração de Juscelino Filho, que pediu para deixar o cargo na terça-feira (8). No mesmo dia, ele reassumiu seu mandato na Câmara dos Deputados. A vaga de deputado estava ocupada por Ivan Júnior (União Brasil-MA).
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