Preconceito tem cor

Reprodução: acordanossaarte.blogspot.com

Pretinho, escurinho, crioulo, negrinho, pixaim… são alguns adjetivos usados pelos sádicos para nominar enfaticamente um NEGRO ou alguém que quer suavizar e dar brancura ao preconceito ora escancarado ora  velado a milhões de brasileiros. É isso mesmo, num dos países mais NEGROS, também ocorre a maior incidência de discriminação racial.

Em quaisquer dos casos dói, dói a dor não sentida e não mensurada por quem não passa por situação semelhante, antes mais ainda, daqueles que precisaram de uma data no calendário para que se tivesse a oportunidade de refletir sobre tais questões. 20 de novembro, uma alusão ao aniversário do maior líder negro já conhecido na história nacional – ZUMBI DOS PALMARES –

que transformou não apenas uma causa sua, mas também dos irmãos negros que sofriam com as chibatadas que o destino insistia em arremessar, numa questão de sobrevivência pela qual deu a sua própria vida.

Preconceito? Sim, com os “despachos”, pratos fartos e regados com aguardentes deixados nas encruzilhadas para “matar a fome” e “adormecer” o corpo e a alma daqueles escravos que se embrenhavam na mata fugindo dos seus algozes e da situação degradante. Capoeira – dança usada para reunir aquele povo que queria suavizar as feridas e a labuta diária com gestos e cantos que penetravam fundo na alma, curavam as dores e cicatrizavam as feridas que a história tenta reparar ao longo do tempo.

Então, em pleno século XXI ainda cabe a discriminação com um povo de cor negra e que interferiu decisivamente na mistura de tantas raças e povos que matizaram e se tornaram o BRASILEIRO?

Oxalá! É hora, irmãos, de saber que na pele branquinha ou pretinha, cabelo liso ou crespo, lábios finos ou grossos corre o mesmo sangue vermelho, puro, latente e africanizado.


 

Marinélia Rocha

Marinélia Rocha é graduada em Letras/Português pela UESPI, Pós-Graduada em Língua Portuguesa e Literatura pela PROMINAS. Professora das Redes Municipal e Estadual, atualmente Gestora Escolar.

Sobre Darlan Alves Lustosa 8329 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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Sandalo Nogueira

A Consciência é o caminho mais curto para termos uma sociedade justa!