A Polícia Federal (PF) mirou dois prefeitos de cidades da Bahia, que se tornaram alvos da sétima fase da operação Overclean, deflagrada nesta quinta-feira (16). Na ação, afastou o prefeito de Riacho de Santana, Dr. João Vítor (PSD), e prendeu o prefeito de Wenceslau Guimarães, Gabriel de Parisio (MDB), durante a sétima fase da Operação Overclean. A ação investiga suspeitas de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. As informações são do G1 na Bahia.
Os mandados judiciais foram cumpridos em Salvador, Riacho de Santana, Wenceslau Guimarães e Arraial do Cabo (RJ), todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Gabriel de Parisio foi detido em sua residência, acusado de posse ilegal de arma de fogo, enquanto o afastamento de Dr. João Vítor é temporário, segundo a Justiça.
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A operação acontece dois dias após o deputado federal Dal Barreto (União Brasil) ser alvo da sexta fase da mesma investigação, na terça-feira (14). Dal foi abordado no Aeroporto Internacional de Salvador, onde teve o celular apreendido. Ele afirmou que estava no local apenas para encontrar um amigo e negou envolvimento com a investigação.
Ainda segundo o g1 na Bahia, em imóveis ligados ao deputado em Amargosa, foram apreendidos veículos de luxo. Dal Barreto, em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados desde fevereiro de 2023, votou recentemente a favor da PEC da Blindagem (PEC 3/2021) e do PL 2162/2023, que concede anistia a condenados por atos golpistas.
Na sexta fase da Operação Overclean, a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão, aplicou uma medida cautelar diferente da prisão e sequestrou valores obtidos de forma ilícita. Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
Nota oficial de Dal Barreto:
“O Deputado Federal Dal (Adalberto Rosa Barreto) vem a público manifestar-se sobre a operação da Polícia Federal, realizada em 14 de outubro de 2025, conforme veiculado pelos meios de comunicação.
Esclareço, por oportuno, que não tive acesso ao inquérito policial, apenas ao mandado de busca e apreensão, não tendo, portanto, conhecimento acerca dos fatos investigados.
Dessa forma, coloco-me à inteira disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações e prestar os devidos esclarecimentos, sempre que solicitado, agindo com transparência e respeito às instituições.
Reitero, igualmente, minha plena confiança nas instituições brasileiras e que, tão logo seja possível, todos os pontos serão devidamente esclarecidos, seja por meio do meu depoimento às autoridades competentes ou por intermédio da defesa técnica devidamente constituída nos autos do inquérito, pois tenho certeza da conduta proba, republicana e dentro da legalidade que sempre tratei com os recursos públicos, logo a minha completa inocência será amplamente demonstrada.
Reafirmo, ainda, meu compromisso com o povo baiano, com a verdade e com a legalidade, confiando que a apuração será conduzida de forma isenta, técnica e respeitosa”.
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