Saiba mais sobre o mosquito que transmite a Febre Oropouche

Um mosquito é o principal vetor de transmissão da Febre Oropouche, doença similar a dengue, que somente este ano, já contaminou 49 pessoas na Bahia. Um caso da doença tem registro na capital baiana, mas a maioria dos casos está concentrado no Sul do estado. De acordo com o Correio, o caso de Salvador é de um homem que esteve em Teolândia, uma das cidades com vários registro da doença na Bahia.

A doença é transmitida pela picada do mosquito Culicoides paraenses, popularmente conhecido como maruim. O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil no início da década de 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Há relatos de casos também na Bolívia, Panamá, Argentina e Equador.

LEIA MAIS: Portal do Cerrado

A cidade que mais registra casos de febre oropouche é Teolândia, com 22 ocorrências. O município é conhecido como Terra da Banana, com produção anual em torno de 36 mil toneladas, razão pela qual realiza a Festa da Banana.

Segundo o jornal Correio, ambientes quentes e úmidos facilitam a proliferação dos mosquitos. “Desde o final do ano passado, estados do Norte do Brasil já registraram surtos da doença e a tendência era que o vírus se espalhasse. O interior da Bahia tem grande incidência do mosquito, por isso, já era esperado”, explica o virologista Gubio Soares, ao diário da capital baiana.

Se um mosquito pica um infectado com a febre de oropouche, o inseto se contamina e dissemina a doença para outras pessoas. A princípio, não há relatos de transmissão de pessoa para pessoa.

Assim como acontece com o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, evitar acúmulo de água parada e usar repelente são as formas mais eficazes para evitar a contaminação. A oropouche causa febre alta (entre 38 °C e 39,5 °C), dores no corpo e articulação e manchas na pele, daí a similaridade.

Surto

A doença está em surto no Amazonas, no Acre e em Rondônia, onde é endêmica. Há registro de casos neste ano de 2024 em municípios que não tinham históricos da doença, como o Rio de Janeiro e Cuiabá. Contudo, até aqui não há registro de mortes causadas pela doença.

Notícias da Bahia
Comentários (0)
Adicionar Comentário