Transporte universitário para Corrente e outros desmandos do atual governo; por Bira Lisboa

Fui questionado em meu Instagram (@biralisboa_12) sobre o que a oposição de Formosa do Rio Preto pode fazer em relação aos problemas com o transporte universitário que hoje oferece perigo aos alunos. Respondi para a pessoa, uma jovem cidadã formosense, por mensagem.

Publico aqui minha resposta sem a identificação da pessoa que tem medo de ser retaliada pela Gestão.

Tenho acompanhado as notícias sobre o transporte de alunos universitários para o Corrente. Muitos alunos e pais já me procuraram pedindo providências. 

Sabemos que o gestor argumenta que não é obrigação dele arcar com os custos. Mas, como você (no caso ela) disse, o nosso Município tem uma dívida muito grande com a juventude, sobretudo com aqueles que tem dificuldade para pagar uma faculdade.

O fato de nosso município não possuir uma faculdade pública, gratuita e presencial, é inaceitável. Mais inaceitável é ver que os gestores não lutam por isso, ficam sempre no discurso vazio em época de eleições.

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Voltando ao transporte dos universitários, nota-se que houve um completo sucateamento desse serviço, hoje totalmente desorganizado, com carros inadequados e insuficientes para o quantitativo de jovens que precisam. 

O conforto e a segurança dos alunos estão comprometidos. As notícias de superlotação e defeitos nos ônibus são cada vez mais frequentes. Os transtornos para os alunos e para os seus familiares são imensos.

O perigo de algo mais grave acontecer é iminente, preocupa a mim e principalmente os alunos, seus pais e seus parentes. Não há tranquilidade nem sossego, mas a necessidade impõe que se aceite essa humilhação por parte do gestor e da administração. Ou se arrisca ou fica sem estudar.

Penso que é obrigação do Município ajudar a juventude a se formar, é uma questão moral diante do descaso com o ensino superior que não é reivindicado pelo prefeito a nível estadual e federal. Digo e repito, nenhuma Universidade Pública presencial com qualidade e gratuita aportará em Formosa sem gestão nesse sentido. É preciso reivindicar usando todas as forças políticas necessárias.

E essa ajuda aos jovens pode ser dada não só no transporte, mas também em outras áreas, a exemplo das condições do curso preparatório para o ENEM, ainda que de forma semi presencial, mas desde que seja gratuito para quem não tem condições de pagar. Nosso jovem é inteligente, falta apenas incentivo as oportunidades.

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Enfim, o transporte de alunos para Corrente é uma calamidade, mas também a educação fundamental, com merenda escolar e transporte adequado foi totalmente destruída nesse atual governo. O retrocesso é grande. 

A saúde do Município também acabou, a estrutura que tínhamos foi completamente destruída. Hoje o que se destaca são as notícias de corrupção no desvio de recursos públicos e suspeita de rachadinhas entre clínicas credenciadas e gestores. Exames transvaginais e obstétricos são feitos em homens, mas bebês morrem no parto por falta de ultrassom durante a gestação, ou por demora em conseguir uma cesariana em Barreiras, quando poderia fazer em Formosa mesmo com todo aparato que existia em outros tempos. Tudo foi destruído.

Enquanto isso, o prefeito, com cinismo estampado no rosto, anuncia antecipadamente gastos milionários com bandas da vaquejada. Reconstrói esse ano no parque de vaquejada um banheiro de apoio aos vaqueiros que demolido o ano passado para permitir o aluguel de banheiros químicos por empresas privadas. A custo de ouro.

Não sou contra a vaquejada. Pelo contrário, quero que ela seja cada ano maior, mais bonita e mais organizada, e sempre gratuita.  Só acho imoral, desumano e cínico contratar bandas com valores fora do normal e suspeitas de superfaturamentos, enquanto a saúde e a educação estão na UTI e pedem SOCORRO.

Obrigado por me questionar, espero que estas minhas palavras cheguem ao conhecimento do prefeito e que ele tome as providências para evitar uma tragédia que já está sendo anunciada, e que Deus nos livre para não acontecer.

*Este texto não representa, necessariamente, a opinião do Portal do Cerrado