O vereador da cidade de Bom Jesus da Lapa, Gedson do Nascimento Ramos, foi cassado por suspeita de compra de votos na eleição de 2020 em decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O magistrado acatou pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) que denunciou Gedson do Nascimento Ramos (PSC) por uma suposta concessão de benefícios a uma eleitora em troca de voto.
Na mesma decisão, o ministro ordenou a recontagem dos votos da eleição para vereador, como forma de dar posse ao novo edil.
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De acordo com o Bahia Notícias, o suposto acordo entre as partes teria ocorrido durante conversas pelo aplicativo WhatsApp. Em um desentendimento entre os dois, o edil teria dito que tinha ajudado a eleitora com “propina”, e ela disse que não iria votar no mesmo.
O caso chegou à Justiça através de uma ação do PSDB local, mas o recurso foi negado pela 71ª Zona Eleitoral. O juiz entendeu que as provas eram frágeis. O MPE então acionou o TSE, afirmando que havia violação à legislação eleitoral, apontando abuso de poder, captação ilícita de voto e influência no resultado das eleições daquele ano.
Eleito em Bom Jesus da Lapa em 2020, Gedson é natural de Santa Rita de Cássia, também no Oeste do estado, onde concorreu à duas eleições. Em 2004 e 2012, ficando na suplências. O edil é ligado ao deputado estadual Eures Ribeiro.
Vereador
Procurado pelo site Bahia Notícias, de Salvador, o vereador disse que vai recorrer e que as denúncias contra ele são infundadas.
“Essa cassação foi ridícula. Foi uma conversa de WhatsApp, em que a própria pessoa disse, em audiência, que nunca recebeu nada da minha parte, porque realmente não recebeu. Foi printada uma conversa de WhatsApp, e a oposição entrou com ação contra mim. Não tem elementos, não tem prova, não tem nada”,
reclamou Gedson Nascimento.