Júnior Marabá, prefeito de Luís Eduardo Magalhães, acabou no centro de uma disputa política que travou uma homenagem a ele na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O motivo? Uma manobra do deputado Alan Sanches (União Brasil), aliado direto do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que barrou a votação do título de cidadão baiano ao gestor do Oeste do estado. As informações são do jornalista Luís Carlos Nunes, do site Caso de Política.
A proposta, feita pelo deputado Antonio Henrique Júnior (PP), tinha tudo para ser aprovada sem entraves. No entanto, Alan Sanches se recusou a assinar a dispensa de formalidades — passo essencial para a apreciação em plenário. Como resultado, o projeto ficou emperrado.
O motivo da obstrução foi pessoal e político. Sanches afirmou ter se incomodado com recentes declarações de Júnior Marabá, que criticou a postura de ACM Neto em relação aos líderes do interior baiano. O prefeito destacou que, mesmo após ter organizado uma carreata em apoio à candidatura de Neto em 2022, sequer recebeu um agradecimento.
Aliado reage e chama crítica de Júnior Marabá de “pequenez”
Por outro lado, o deputado Alan Sanches não deixou por menos. Ele classificou as críticas do prefeito como “pequenez” e questionou se o mesmo teria coragem de fazer tais declarações caso ACM Neto ainda ocupasse um cargo de poder. Além disso, sugeriu que o apoio de Marabá à oposição em 2022 teria sido meramente eleitoral, já que o Oeste baiano tradicionalmente vota em candidatos de direita e centro-direita.
Enquanto isso, a Assembleia aprovou outros quatro projetos de lei e diversas honrarias. Entre eles, medidas que reforçam o direito das mulheres a acompanhantes em consultas e a obrigatoriedade da divulgação da lotação máxima de estabelecimentos comerciais.
Sessão teve bate-boca e tumulto
Posteriormente, a sessão esquentou com um embate entre os deputados Euclides Fernandes (PT) e a presidente Ivana Bastos (PSD). Fernandes tentou barrar a votação de um projeto alegando falta de análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O clima ficou tenso, com bate-boca no plenário, e Ivana encerrou a sessão para conter o tumulto.
Em resumo, o caso escancara mais uma vez as feridas políticas abertas nas disputas internas da oposição baiana. Júnior Marabá, até então aliado de primeira hora, agora parece enfrentar resistência até mesmo para ser reconhecido oficialmente como cidadão baiano. Ele mira Brasília no próximo ano.
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