Comissão da Câmara deve acompanhar investigação da morte de jovem em Barreiras

Rapaz teria sido morto durante uma discussão de bar com três PMs; pedido foi feito pelo deputado Igor Kannário

(Arquivo pessoal)

Do Correio24horas | Salvador – Bahia

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados deve acompanhar a investigação da morte de Carlos Henrique de Sousa, de 21 anos. Ele foi baleado durante uma discussão com três policiais militares em um bar em Barreiras, no Oeste do estado. (veja aqui)

O crime aconteceu em 7 de setembro (veja aqui). Carlos Henrique teria tentado defender a esposa do assédio praticado pelos agentes de segurança, que não estavam a serviço.

O requerimento foi enviado pelo deputado federal Igor Kannário (Democratas), que pede à Comissão que envie ofícios ao Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, à Corregedoria da Polícia Militar, que investiga o caso, e ao Ministério Público do Estado cobrando apuração e “respostas firmes”.

“O fato é gravíssimo, não só pelo crime em si, mas pela repercussão negativa perante a sociedade, por envolver agentes públicos que deveriam prezar pela preservação da vida e, ainda, pela hipótese de atuação dos policiais na atividade privada – o famoso ‘bico’ – prática geralmente proibida pelos regulamentos disciplinares, mas nem sempre enfrentada adequadamente”, disse Kannário em sua solicitação.

Inquérito policial

Os três policiais – que tiveram as identidades preservadas – prestaram depoimento na Corregedoria da Polícia Militar de Barreiras no dia 17 de setembro.

Segundo informações da Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios (Barreiras) e a 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Barreiras) investigam a morte do jovem.

“As apurações do crime, que tem como suspeitos policiais militares daquela região, estão avançadas. Imagens de câmeras de vigilância foram coletadas, perícias realizadas, testemunhas e familiares já foram ouvidos”, informa a Polícia Civil, em nota.

A PM, por sua vez, informou que os policiais foram afastados do serviço operacional e que apura o caso. “O comandante da 83ª CIPM abriu um procedimento apuratório, para, no prazo de 30 dias, investigar a autoria e a materialidade do fato, que também está sendo apurado pela Polícia Civil”, diz em nota. (veja aqui)

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