“Em 2021 tivemos o maior resultado da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos e para este ano temos um novo prognóstico de safra recorde, o que, para nós é motivo de comemoração, tamanha a contribuição deste segmento para o crescimento do nosso estado”. A avaliação do vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, é referente à estimativa do primeiro Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), relativo a janeiro de 2022, realizado pelo IBGE e sistematizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
De acordo com o LSPA, a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas na Bahia em 2022 deverá atingir 10,6 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 0,9% sobre o último ano, e estabelecerá o novo recorde da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos.
Segundo o secretário estadual da Agricultura, João Carlos Oliveira, além do potencial da Bahia para a agricultura, os dados refletem ações assertivas do governo. “Os números demonstram a vocação agrícola do Estado, com boas expectativas de crescimento da safra de grãos, a exemplo do feijão, milho, café, dentre outros, embora haja oscilação de algumas culturas. No entanto, no geral, os dados vêm mostrando crescimento do agronegócio baiano. Tudo isso é fruto do intenso trabalho das diversas secretarias ligadas ao agronegócio, em especial a nossa Seagri. Também refletem as acertadas políticas adotadas pelo Governo da Bahia, sob o comando de Rui Costa”.
As áreas, plantadas e colhidas, ficaram ambas estimadas em 3,3 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 3,6% na comparação anual. Dessa forma, o rendimento médio (3,2 t/ha) da lavoura de grãos no estado poderá ter uma queda de 2,6% na mesma base de comparação.
Este resultado está associado a uma possível perda de produtividade da cultura da soja no ano corrente. O algodão, o milho e o feijão, por outro lado, apresentaram perspectivas mais positivas para a safra 2022.
A produção de algodão (caroço e pluma) está projetada em torno de 1,3 milhão de toneladas, o que corresponde a uma alta de 2,5% em relação a 2021. A área plantada este ano (290 mil hectares) supera em 8,3% à do ano passado, demonstrando, assim, uma maior disposição de investimento dos produtores diante da melhoria nas condições de mercado.
Os primeiros dados do IBGE apontam para uma queda de 1,5% na produção de soja este ano, com volume estimado de 6,7 milhões de toneladas. A área plantada com a oleaginosa está projetada em 1,76 milhão de hectares, 3,5% superior ao observado em 2021.
As duas safras anuais do milho podem somar 2,6 milhões de toneladas em 2022, o que representa uma expansão de 6,0% na comparação anual. Com relação à área plantada, estimada em 700 mil hectares, o IBGE aponta para uma expansão de 6,0% em relação à do ano passado. A estimativa da 1ª safra do cereal ficou em 2,1 milhões de toneladas, 10,5% superior à de 2021. O prognóstico da 2ª safra ficou em 550 mil toneladas, previsão de recuo de 8,3% em relação ao resultado do ano anterior.
No ciclo atual, a perspectiva é que a produção total de feijão alcance 239,3 mil toneladas, o que representa avanço de 26,5% na comparação com a safra 2021. O primeiro levantamento manteve a área de 417 mil hectares plantados, a mesma observada no ano anterior. Estima-se que a 1ª safra da leguminosa (141 mil toneladas) seja 36,9% superior à de 2021, bem como a 2ª safra (98,3 mil toneladas) tenha uma variação positiva de 14,1% na mesma base de comparação.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima produção de 5,6 milhões de toneladas, alta de 1,4% em relação à safra 2021. A estimativa da produção do cacau está projetada em 120 mil toneladas, o que representa uma queda de 17,3% na comparação com o ano anterior.
Em relação à produção do café, é esperada uma colheita de 224 mil toneladas este ano, 8,2% acima da observada no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 89 mil toneladas, com variação anual positiva de 20,3%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora ou conilon tem previsão de 135 mil toneladas, alta de 1,5% na mesma base de comparação.
As estimativas para as lavouras de banana (911,3 mil toneladas), laranja (653,5 mil toneladas) e uva (60,8 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 3,7%, 3,0% e -0,8%, em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 856,3 mil toneladas de mandioca, 0,6% inferior à de 2021. A produção de batata-inglesa, estimada em 354 mil toneladas, apresenta recuo de 8,5%, e a do tomate, estimada em 178 mil toneladas, aponta queda de 14,5% na comparação com o ano passado.