Governo propõe fundo financeiro resolver endividamento rural

Deputados e governo buscam solução para dívidas rurais – FPA/Divulgação

Parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniram com o subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Miranda, para tratar do endividamento rural. Ele apresentou alternativas que podem ajudar os produtores rurais a sanarem suas dívidas, como da criação de um fundo financeiro de garantia para novos créditos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES).

Pela proposta de renegociação, apresentada pelo governo nessa terça-feira (12), na reunião semanal da FPA, em Brasília, os produtores rurais terão que se reunir em pequenos grupos, em uma espécie de consórcio, formando um fundo financeiro como forma de garantia para obter novos financiamentos no BNDES. O sistema de aval cruzado teria grupos de 10 a 12 produtores que se avalizariam entre si. Além do produtor, indústria, banco e tesouro também participariam do fundo, já que estes últimos têm a intenção diminuir os riscos. Com a redução do risco, os juros ficariam mais baixos. A intenção é trazer de volta par o mercado ativo o produtor que se inviabilizou pelo crédito.

A proposta preliminar do Ministério da Economia ainda será discutida pela FPA. “O que estamos passando agora para o produtor e para a cadeia produtiva é que se quebrar o produtor, todo mundo perde. Essa solidariedade tem que ser integrada. Ter uma inflação a 3,5% e os juros chegando a essas pessoas a 17 ou 18% com certeza não é financiamento, é um sócio oculto”, diz o presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), acrescentando que só os arrozeiros, têm uma dívida bancária de R$1,3 bi, sem contar os débitos com terceiros.

“O setor rural tem uma dívida quase que impagável hoje. Não é pela má vontade do produtor ou por uma inadimplência voluntária. Ela é dada por uma crise econômica, por frustração de safra, intempéries climáticas, problemas de exportação, problemas de mercado. A agricultura é uma atividade de risco, você reza para chover e reza para dar sol, dependendo da colheita e do plantio. Se o produtor não acessa a crédito, não consegue fazer que sua atividade gire”, comenta o vice-presidente da FPA, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR).
Conforme o coordenador da Comissão de Endividamento Rural da FPA, Jerônimo Gorgen, há um apelo dos produtores por uma securitização das dívidas. “Começamos ainda no ano passado, quando estabelecemos a Comissão de Endividamento, um levantamento e uma alternativa para que, além da securitização, pudéssemos ter também repactuação do endividamento e, desta forma, tentar atingir o maior número de produtores possível.”

Goergen explica que foi criada uma linha do BNDES, com bons prazos, mas com custo muito alto, um risco na área dos bancos maior ainda e um spread baixo no entendimento das instituições financeiras. “A linha não operou como gostaríamos, apenas R$ 31 milhões foram usados, muito bancos renegociaram as dívidas”, lembra.

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Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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