IBGE aponta 9 favelas em Barreiras, na Bahia

Termo é definido pelo IBGE, que divulgou dados nesta sexta-feira (8), com quase 6% da população vivendo em condiçòes precárias.

Favelas em Barreiras, IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Barreiras, Bahia
Rua da cidade de Barreiras, na Bahia - Foto: Google Street View

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta a existência de 9 favelas em Barreiras, na Bahia, o município mais populoso da região oeste do estado. Os dados divulgados nesta sexta-feira (8) também apontam que as localidades abrigam 9.408 moradores, ou 5,89% da população local. Conforme o Censo 2022, a população de Barreiras estava estimada em 159.734 habitantes na época.

De acordo com o IBGE, “favelas” e “comunidades urbanas” são considerados termos equivalentes, sendo caracterizadas por condições precárias de infraestrutura e pela ausência ou limitação de serviços públicos essenciais, como saneamento e iluminação. Essas comunidades geralmente se encontram em áreas de ocupação restrita, como faixas de rodovias e regiões de risco.

Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do instituto, explica que, embora o termo “favela” seja amplamente difundido, ele abarca diversas denominações regionais que descrevem condições semelhantes.

Favelas de Barreiras – População das comunidades

  1. Casas doadas José Bonifácio – 336 moradores
  2. Rua do Canal – 597 moradores
  3. Canal de Santo Antônio – 716 moradores
  4. Bos Sorte – 838 moradores
  5. Cascalheira – 933 moradores
  6. Invasão do Salsicha – 940 moradores
  7. Nova Conquista – 1.293 moradores
  8. São Sebastião – 1.776 moradores
  9. Vila Brasil – 1.959 moradores

Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de analfabetismo da população das nove localidades é mais que o dobro da verificada na população de favelas da Bahia, composta majoritariamente por pessoas que se autodeclaram pardas, com 61,93% do total. Em segundo lugar, estão as pessoas que se identificam como pretas, representando 19,05%.

População por cor ou raça em Barreiras, Bahia
Reprodução: IBGE

Pessoas que se identificam como brancas compõem 18,59% dos moradores, enquanto amarelos são 0,20% e Indígenas 0,23%. Do total de moradores, 50,52% são mulheres, enquanto homens representam 49,48% dessa população.

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Ao Portal do Cerrado, Mariana indicou que Barreiras não tinha favelas em 2010, ano do censo anterior. Talvez por isso apresente um perfil bem mais jovem dos moradores, do que o padrão para as favelas do estado. “Isso indica que também que são favelas “jovens”, ou seja, recentes. Faz sentido, levando em conta que Barreiras é uma cidade que tem crescimento populacional significativo”, apontou ao site

Favelas na Bahia e no Brasil

O Censo 2022 identificou 572 favelas distribuídas em 28 municípios da Bahia, fazendo do estado o 8º maior em número de comunidades do tipo no país. Em comparação a 2010, o IBGE registrou no estado 280 favelas, indicando que o número mais que dobrou.

Ainda conforme o IBGE, as duas maiores favelas da Bahia, estão localizadas em Salvador: as comunidades de Beiru/Tancredo Neves e Pernambués. Por lá vivem 38.871 e 35.110 habitantes respectivamente.

No entanto, as maiores favelas estão localizadas no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.

  • 1 – Rocinha (RJ): 72.021 moradores
  • 2 – Sol Nascente (DF): 70.908 
  • 3 – Paraisópolis (SP): 58.527 
  • 4 – Cidade de Deus/Alfredo Nascimento (AM): 55.821
  • 5 – Rio das Pedras (RJ): 55.653
  • 6 – Heliópolis (SP): 55.583
  • 7 – Comunidade São Lucas (AM): 53.674
  • 8 – Coroadinho (AM): 51.050
  • 9 – Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA): 43.105 
  • 10 – Beiru/Tancredo Neves (BA): 38.871 
  • 11 – Pernambués (BA): 35.110 
  • 12 – Zumbi dos Palmares/Nova Luz: 34.706 
  • 13 – Santa Etelvina (AM): 33.031
  • 14 – Baixadas da Condor (PA): 31.321
  • 15 – Colônia da Terra Nova (AM): 30.142

Barreiras ocupa a posição de número 210.

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Sobre Darlan Alves Lustosa 8289 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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