

A Polícia Civil do Piauí concluiu, nesta semana, o inquérito que investigava o grave acidente ocorrido em janeiro deste ano na BR-135, no município de Corrente. O caso envolveu um ônibus da empresa Baleia Turismo e deixou sete mortos e 19 feridos.
A polícia reuniu depoimentos de testemunhas, laudos periciais e imagens das câmeras internas do veículo, para entender como ocorreu a tragédia que abalou moradores e sobreviventes. O veículo havia saído de Tianguá e viajava para São Paulo, em 7 de janeiro.
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Segundo nota da PC piauense, o excesso de velocidade contribuiu diretamente para o tombamento do ônibus. Depois, a pista estava em péssimas condições — molhada e cheia de ondulações. Além disso, havia fortes indícios de que o motorista sofria de fadiga e sonolência no momento do acidente.
O inquérito apontou falhas na estrutura do veículo, com pneus “carecas”, desalinhamento e a ausência de um local adequado para o descanso do motorista reserva, que viajava escondido no bagageiro — um espaço totalmente proibido para transporte de pessoas. O motorista reserva morreu na hora.
Diante das evidências, segundo a nota, a Polícia Civil indiciou o motorista e os dois donos da empresa Baleia Turismo. Eles vão responder por homicídio simples com dolo eventual (pela morte do motorista reserva) e homicídio culposo (pelas seis demais vítimas). Além disso, também foram responsabilizados por transporte interestadual ilegal, negligência na manutenção do veículo e por submeter trabalhadores a condições degradantes.
O site Cidade Verde, identificou os três pelas iniciais: L.C.M., e os empresários J.S.N. e C.H.M.N., responsáveis pela gestão do transporte.
Contudo, nenhum dos 19 passageiros feridos, quiseram representar criminalmente contra a empresa ou motorista. Logo, não houve indiciamento por lesão corporal.
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