Mulher encontra jabuti vivo soterrado há 10 anos em casa; vídeo

Moradora de Itacajá, região nordeste do estado, acredita que o animal estava vivendo no local desde a última reforma que fez na casa.

jabuti vivo soterrado
Jabuti-tinga foi encontrado em soterrado após 10 anos em uma casa na cidade de Itacajá — Foto: via g1

Uma moradora de Itacajá, no Tocantins, teve uma surpresa ao descobrir um jabuti vivo soterrado sob o piso de sua casa. Luiza Coelha da Cruz Aguiar, de 60 anos, encontrou o animal durante uma investigação sobre uma possível infiltração. Ela acredita que o jabuti estava preso há cerca de 10 anos, desde a última reforma feita no imóvel. As informações são do g1.

Jabuti pode ter ficado soterrado por anos

A descoberta aconteceu no dia 7 de fevereiro de 2025, quando Luiza e o marido chamaram um pedreiro para verificar um possível vazamento de água nos fundos da casa. Ao remover uma cerâmica que parecia estar solta, o profissional encontrou o jabuti debaixo do piso.

“Foi inacreditável! Pensamos que ele veio na carreta de cascalho que usamos no aterro há cerca de nove anos. Ele devia ser bem pequeno e acabou soterrado. O casco tem algumas deformações, possivelmente por estar imprensado contra a cerâmica”, relatou Luiza.

Biólogo explica como o jabuti sobreviveu

Segundo o biólogo Aluísio Vasconcelos de Carvalho, a sobrevivência do animal nesse ambiente fechado é possível, mas bastante desafiadora.

“Acredito que o jabuti entrou ainda filhote e foi crescendo no espaço disponível. Como havia entrada de oxigênio, umidade e possivelmente alguns insetos, ele conseguiu se adaptar e sobreviver”, explicou o especialista.

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) orientou que o animal precisa ser mantido sob temperatura controlada e ter acesso à luz solar indireta até ser encaminhado ao Centro de Fauna (CEFAU) para avaliação e tratamento adequado.

Sensibilidade à luz e alimentação restrita

Após ser retirado do local, Luiza percebeu que o jabuti desenvolveu uma grande sensibilidade à luz e tenta se esconder sempre que exposto ao sol.

“Colocamos ele em um banheiro reservado, porque ele não aguenta ficar onde tem claridade. Além disso, as fezes dele pareciam terra pura, o que indica que ele pode ter se alimentado do próprio ambiente”, disse a moradora.

Agora, o jabuti está sendo alimentado com frutas e verduras, como banana e alface, para recuperar a nutrição.

Animal onívoro e adaptável

De acordo com o biólogo ao g1, jabutis são onívoros, o que significa que se alimentam tanto de vegetais quanto de animais.

“Se ele não tinha vegetação disponível, é possível que tenha sobrevivido consumindo insetos presentes no ambiente úmido. Isso mostra a incrível capacidade de adaptação desses répteis”,

concluiu o especialista.

A descoberta inusitada segue chamando atenção na cidade, e o caso do jabuti perdido por quase uma década reforça a importância de revisar estruturas fechadas durante reformas.

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Sobre Darlan A. Lustosa 8832 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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