Policial Militar da 86ª CIPM lança livro para comemorar 100 anos de bairreirense que lutou na II Guerra Mundial

Foto: Arquivo pessoal

Único barreirense que lutou na Segunda Guerra Mundial , ao lado da também enfermeira barreirense, Aracy Sampaio, Eurypedes Lacerda Pamplona, que completa 100 anos hoje (10), teve a sua história reconhecida e contada em um livro lançado em 2015. No último dia 07, na Câmara Municipal de Barreiras, uma segunda edição revista e ampliada foi lançada para comemorar o centenário do lendário homem que viu a morte de perto e vivenciou os horrores de uma guerra.

O Cabo Pamplona passou 10 meses lutando nos campos de batalha na Itália e viu centenas de soldados brasileiros morrerem. Ele teve o seu batismo de fogo na Batalha do Monte Belvedére, e em seguida, apoiou em segundo escalão a tomada do Monte Castelo, a mais renomada conquista da FEB.

Monumento aos brasileiros que lutaram na II Guerra e ao fundo o Monte Castello | Foto: Reprodução

Em setembro de 1945, Pamplona retornou com os seus companheiros onde foram recebidos no Rio de Janeiro ovacionados por uma multidão delirante. Retornando a Barreiras, ele casou com a Sra. Enoy Barreto e teve dois filhos, um dos quais infelizmente faleceu no início deste ano.

O autor da façanha que fez todos conheceram a história do pracinha é um cidadão pernambucano, hoje residente em Santa Rita de Cássia, e soldado da 86ª Companhia Independente de Polícia Militar.

Nascido em Paulista (PE), e morador por 20 anos do Recife, o pernambucano João Paulo Pinheiro Lima, 28 anos, desde cedo esteve ligado às Forças Armadas. Em 2010, ele ingressou no Exército Brasileiro como aluno oficial temporário. Após ser declarado aspirante-a-oficial, foi transferido em 2011 para o 4º Batalhão de Engenharia de Construção (4º BEC) em Barreiras (BA), onde serviu por mais sete anos como tenente temporário.

Prestes a concluir o seu serviço militar no Exército Brasileiro, foi aprovado no último concurso da Polícia Militar da Bahia, formando-se no já conhecido 10º Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação (10º BEIC), sendo posteriormente movimentado para a 86ª. Companhia Independente de Polícia Militar.

O ‘’Professor-soldado’’, que é licenciado em História e especializado em Historia Militar, conheceu a história de Eurypedes durante a sua jornada no 4º BEC, e resolveu contar em livro pra compensar o fato de nunca ter contado a história de seu avô, que também serviu na guerra, e morreu quando o jovem professor contava apenas 15 anos.

‘’Eu não pude escrever a história de meu avô que também foi pra guerra e morreu quando eu tinha 15 anos . Com 15 anos você ainda não sabe o que quer, mas ainda assim nunca vou me perdoar por não ter escrito a historia dele.’’

A primeira edição foi lançada no ano de 2015, para celebrar os 70 anos de término da Segunda Guerra Mundial. Até aquele ano, Eurypedes Lacerda Pamplona era um completo desconhecido do grande público. Sua história era conhecida somente por familiares e alguns poucos amigos.

 Depois do lançamento da primeira edição, sua fama percorreu não apenas o resto da Bahia, mas todo o Brasil. No último dia 07 de junho, a Câmara de Barreiras esteve lotada por fãs que vieram prestigiar o herói nacional, na edição de centenário do lançamento da sua biografia.

 Todos os livros foram impressos mediante patrocínio, e mais uma vez estão sendo distribuídos gratuitamente para os interessados.

O que: Tiro, Guerra e Mito: A história de um barreirense na Segunda Gerra Mundial

Autor: João Paulo Pinheiro

A aluna Andressa auxilia seu Eurypedes; o professor João e Enoy Pamplona em lançamento do livro no último 07 em Barreiras (BA)

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Sobre Darlan Alves Lustosa 8406 Artigos
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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