Por crime cometido em Formosa do Rio Preto, Hildebrando Pascoal tem júri marcado em Parnaguá

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Um crime cometido na cidade de Formosa do Rio Preto no ano de 1997, levará o ex-deputado Hildebrando Pascoal a júri popular, marcado para o dia 13 de novembro as 08h00 na Comarca de Parnaguá, no extremo sul do Piauí.

Hildebrando é acusado de sequestrar com auxílio do primo Aureliano Pascoal, então comandante da Polícia Militar do Acre, que segundo a promotoria, mobilizou a corporação para vingar a morte do subtenente, irmão de Hildebrando. De acordo com a denúncia do Ministério do Piauí, o homem, identificado como José Hugo Alves Júnior, conhecido como Huguinho, acusado de matar o irmão de Hildebrando, à época subtenente da Polícia Militar,  Itamar Pascoal foi localizado e sequestrado por Hildebrando, em janeiro de 1997, na fazenda Itapoã, em Parnaguá. De lá, foi levado para o município de Formosa do Rio Preto (BA), onde teria sido torturado e assinado, sem chances de defesa e com requintes de crueldade. O corpo dele foi achado próximo ao antigo lixão no município.

Huguinho é acusado de ter matado o subtenente da Polícia Militar do Acre, com um tiro no ouvido, após discussão num posto de gasolina, no dia 30 de junho de 1996. Agilson Firmino dos Santos, o Baiano, teria ajudado Huguinho a fugir. Baiano foi assassino com uma motosserra. Por este crime foi condenado a 18 anos em 2009.

A sessão de julgamento foi marcada pelo juiz da Vara única da cidade, José Sodré Ferreira Neto, que solicitou auxílio à Corregedoria Geral de Justiça do Piauí para que o julgamento tenha participação do réu, ou através de recambiamento ou pelo sistema de videoconferência junto ao Tribunal de Justiça do Acre. A decisão é do dia 02 de outubro.

No mesmo documento, o juiz determina que o sorteio de 25 jurados seja realizado no dia 30 de outubro e que sejam intimados o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Piauí e a Defensoria Pública, “com advertência que não haverá adiamento em razão da ausência de qualquer das partes”.

O julgamento do ex-deputado, hoje com 67 anos, acontece mais de 20 anos depois. Ele está preso no Acre acusado de liderar um grupo de extermínio na década de 1990. Ele foi comandante geral da Polícia Militar e deputado estadual. Em 1998 foi eleito deputado federal e no ano seguinte teve sem mandato cassado e foi expulso de seu partido, à época o PFL.

Segundo o site Cidade Verde, em entrevista, o advogado do ex-deputado, Luís Augusto Correia Lima de Oliveira, o réu está com a saúde debilitada, no entanto, tem interesse em participar pessoalmente do julgamento.  

Sobre Darlan Alves Lustosa 7979 Artigos
Darlan Lustosa é formosense que gosta da escrita e acredita que a política é um meio de transformação da vida das pessoas.Vive e mora em Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, com registro profissional 6978/BA e sindicalizado, sobretudo para fortalecer a causa e defender direitos.
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