A coligaรงรฃo que sustenta a candidatura de Fernando Haddad (PT) ร Presidรชncia da Repรบblica e o PSOL entraram com pedidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) seja investigada em razรฃo das suspeitas de uso de sistemas de envio de mensagens em massa na plataforma WhatsApp custeados por empresas de apoiadores do candidato.
A denรบncia foi feita hoje (18), em reportagem do jornalย Folha de S.Paulo. Segundo o texto, empresas contrataram firmas deย marketingย digital que comercializam serviรงos de disparo de centenas de milhรตes de mensagens no Whatsapp em contratos de atรฉ R$ 12 milhรตes. Um dos apoiadores seria Luciano Hang, da rede de varejo catarinense Havan, que apoia Boslsonaro.
Entre as companhias de assessoria digital contratadas para efetuar os disparos em massa estariam a Quickmobile, a Yacows, a Croc Services e a SMS Market. Conforme o texto, Jair Bolsonaro declarou ter gasto apenas R$ 115 mil com a empresa AM4 Brasil Inteligรชncia Digital para serviรงos relacionados a mรญdias digitais.
Na aรงรฃo, a coligaรงรฃo de Haddad argumenta que hรก indรญcios de condutas que podem incorrer em trรชs crimes eleitorais. A primeira รฉ a doaรงรฃo de pessoa jurรญdica (popularmente conhecida como caixa 2), proibida no pleito deste ano depois do financiamento empresarial ter sido retirado como alternativa pela reforma polรญtica aprovada em 2017.
O segundo crime seria a utilizaรงรฃo de perfis falsos para propaganda eleitoral. Outro seria a compra irregular de cadastros de usuรกrios, o que fere a proteรงรฃo de dados prevista no Marco Civil da Internet (12.965/2014). Os advogados de Haddad afirmam que se trata de um โevidente caso de abuso econรดmicoโ.