São Desidério e Formosa do Rio Preto estão entre as cinco maiores cidades da agricultura brasileira

Formosa do Rio Preto é o segundo maior município sojicultor do Brasil, tanto em quantidade (1,6 milhão de toneladas) quanto em valor da produção (R$ 2,7 bilhões).

(Reprodução: Seagri)

A leitura dos números divulgados na semana passada pelo IBGE sobre a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) resulta na identificação de várias boas notícias para a Bahia, confirmando a sequência de elevado desempenho nos diversos setores do Agro do estado.

A pesquisa da Produção Agrícola Municipal faz levantamento a partir da coleta de dados sobre 66 produtos em todos os municípios do país. O IBGE utiliza fontes secundárias de informação (associações de produtores, órgãos públicos e entidades ligadas à agricultura, dentre outros). Dos 66 produtos investigados, 45 são cultivados na Bahia e desse total nada menos do que 38 deles (84,44%) apresentaram crescimento no valor de produção entre 2019 e 2020. A performance fez a participação da Bahia subir no valor total gerado pela agricultura brasileira, saindo de 5,4% (2019) para 5,8% (2020).

De 2019 para 2020, a agricultura baiana teve o maior aumento em 26 anos, atingindo percentual de 41,9%, que resulta em um total de valor de produção agrícola de R$ 27,5 bilhões. E na construção desses números, variados apontamentos chamam a atenção. Um deles é a performance destacada de dois municípios baianos, Formosa do Rio Preto e São Desidério. O primeiro cresceu em 78,3% o seu valor total de produção agrícola; o segundo, em 44,6%.

Os recentes dados da PAM mostram que São Desidério passou do terceiro para o segundo maior valor da produção agrícola no Brasil, isso devido a um crescimento no período 2019-2020 que foi o terceiro maior percebido no Brasil. Já Formosa do Rio Preto teve o segundo maior crescimento do país no período, saltando da décima-primeira colocação para a quinta.

São Desidério é uma cidade que há muito figura entre os municípios de melhor performance do Brasil no tangente à agricultura. E no período 2019-2020. Os dados da pesquisa do IBGE mostram que, no período, a cidade saltou de um valor agrícola total de R$ 3,2 bilhões para R$ 4,6 bilhões. A maior responsável por esse resultado é a cultura da soja. A PAM mostra que o volume de soja produzido no município cresceu 15%, totalizando 1,5 milhão de toneladas em 2020. Isso resultou em um valor de produção de R$ 2,5 bilhões, número 76,2% maior que o de 2019.

São Desidério também teve bons resultados com o milho. Sua produção cresceu em 12% entre 2019 e 2020, passando para 379 mil toneladas colhidas, com um valor de R$ 299 milhões, representando avanço de 75,7% no valor total de produção. Soma-se a isso o algodão, que em São Desidério teve valor de produção 9,3% maior em 2020 do que o percebido em 2019. O algodão, em valores totais, atingiu, em 2020, no município, o montante de R$ 1,6 bilhão. São Desidério é o segundo maior produtor de algodão herbáceo do país, tanto em quantidade quanto em valor, atrás apenas de Sapezal/MT.

Formosa do Rio Preto contabilizou, em 2020, um valor da agricultura da ordem dos R$ 3,7 bilhões – R$ 1,6 bilhão a mais do que o aferido em 2019. Os desempenhos das culturas da soja, do milho e do algodão aqui também fizeram a diferença. Em sequência, tendo como referências a safra de 2019 em comparação com a de 2020, no município a produção de soja cresceu em 23,5%; a do milho em 52,2%; a do algodão em 19,7%.

Agora, Formosa do Rio Preto é o segundo maior município sojicultor do Brasil, tanto em quantidade (1,6 milhão de toneladas) quanto em valor da produção (R$ 2,7 bilhões). Esse valor final de toda a produção de soja do município em 2020 (R$ 2,7 bilhões) é 90,8% maior do que o de 2019. Um crescimento que impressiona.

Segundo os dados da pesquisa Produção Agrícola Municipal, a Bahia é o terceiro estado com maior número de municípios entre os 50 maiores valores da produção agrícola do país, oferecendo à seleta lista seis municípios, que são, por ordem decrescente: São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães e Riachão das Neves.

Texto: Ascom SEAGRI
Foto manipulada pelo Portal do Cerrado

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