Verão acende alerta para a falta de água no litoral de SP

A proximidade do verão, que começa no dia 21 de dezembro, tem preocupado os moradores de cidades da Baixada Santista (SP), como São Vicente, Praia Grande e Mongaguá. Nessas regiões, os moradores chegaram a ficar mais de 24 horas sem água no início de dezembro, conforme publicação do jornal A Tribuna

A cada verão, a falta de água nas cidades litorâneas de todo o Brasil ganha as manchetes dos jornais do país, assim como as altas temperaturas, os temporais e a movimentação de milhões de turistas rumo ao litoral para passar as férias e os feriados de Natal e Ano Novo.

O Brasil possui um litoral com 7.367 km – que passa para 9.200 km se forem consideradas suas saliências e reentrâncias. Em um país de dimensões continentais, o litoral brasileiro é banhado pelo oceano Atlântico e abrange quatro regiões: Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Para além dos benefícios do acesso à costa, os problemas, como a falta de abastecimento, são comuns a todas as regiões.

Na visão de Leo Caprara, fundador da empresa GLDS – Geofones Digitais, o desabastecimento das cidades do litoral brasileiro ocorre por uma série de fatores. O primeiro ponto é que, com a chegada do verão, que traz consigo as férias escolares e as festas natalinas e de Ano Novo, muita gente de desloca para o litoral, fenômeno conhecido como “população flutuante”,

“Assim, as cidades litorâneas multiplicam por cinco vezes a sua população no verão. Com isso, uma cidade que está com toda a sua estrutura de abastecimento de água dimensionada para a população residente fixa não consegue abastecer, ao mesmo tempo, todos os imóveis”, explica.

“Para que o abastecimento consiga atender a todos de forma igualitária é acionado pelas empresas de saneamento o sistema de rodízio do abastecimento, 24h com água e 72h sem água”, complementa.

Na análise de Caprara, é recomendável que a prefeitura faça, perto desse período, uma ampla busca por vazamentos ocultos, para que já seja possível identificar e prevenir problemas futuros, assim como impulsionar campanhas para que os moradores e visitantes das cidades costeiras não utilizem a água para lavar calçadas e pisos, além de reusar a água da máquina de lavar e fazer a coleta e uso das águas pluviais.

“É preciso aumentar a reserva hídrica, ou seja, aumentar a água reservada acumulada dentro do imóvel para uso, através de reservatórios, cisternas ou caixas d’água. O cálculo da reserva hídrica para estas situações de rodízio é de 450 litros de água armazenada para cada habitante do imóvel”, finaliza. 

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