Polícia conclui que suspeito mandou matar médico em Barra após sentir ciúmes da ex-esposa durante consulta do filho

Segundo a polícia, Diego Santos Silva, de 31 anos, é um ex-marido possessivo e 'criou mentalmente' que Júlio César teria olhado para os seios da ex dele.

Médico morto dentro de clínica particular em Barra — Foto: Reprodução/TV Bahia

A Polícia Civil da Bahia disse hoje em coletiva em Salvador, que o homem suspeito de mandar matar o pediatra Júlio Cesar de Queiroz Teixeira, quando fazia um atendimento em uma clínica na cidade de Barra no Oeste da Bahia, encomendou o crime após sentir ciúmes da ex-esposa durante a consulta com o filho do casal.

O g1 informou que o titular da Delegacia Territorial de Barra, delegado Jenivaldo Rodrigues Ataíde Santos, que Diego Santos Silva, de 31 anos, é um ex-marido possessivo e “criou mentalmente” que Júlio César teria olhado para os peitos da ex dele.

“O filho do acusado era atendido pelo médico há um tempo e na última consulta, ele esteve presente. A partir de uma imaginação ilusória, ele desconfiou de que a vítima teria olhado para os seios da esposa dele e, então, tramou o homicídio”, disse. De acordo com o g1, essa motivação é totalmente rejeitada pela família. Para os irmãos, o médico pode ter sido morto por uma disputa de espaço de trabalho. A polícia informou que a linha foi analisada, mas não foi confirmada.

O coordenador da 14ª Coorpin/Irecê, delegado Ernandes Reis Santos Júnior informou que mesmo com a decisão do suspeito de se manter em silêncio, o órgão concluiu a motivação porque os outros suspeitos presos relataram os fatos.

A informação foi divergente da informada pelo coordenado regional de polícia, delegado Rivaldo Luz, que informou à TV Oeste, que ele teria confessado que cometeu o crime.

“Pessoas ligadas ao acusado disseram que ele tinha olheiros para ficar perto da companheira e já tinha dito a ela que não aceitaria que tivesse outras relações”, contou o delegado Jenivaldo Rodrigues .

Diego Santos Silva foi preso na tarde de sexta-feira (22), após se apresentar em Barreiras, cidade que também fica no oeste da Bahia. Nesta segunda, a diretora do Departamento de Polícia do Interior, delegada Rogéria da Silva Araújo, confirmou que o suspeito se manteve em silêncio durante a tentativa do depoimento.

Júlio César, de 44 anos, foi morto em 23 de setembro no município de Barra, quando estava em atendimento. Ele foi baleado na frente de pacientes e da esposa, que é enfermeira e trabalhava com ele no local.

Além disso, a Polícia Civil confirmou que o filho do suspeito era paciente de Júlio César antes do crime, o que reforçaria essa linha de investigação.

Quatro suspeitos já foram presos: os executores do crime e um casal, que conforme as investigações, atuou como olheiro. Os três homens foram encaminhados para a penitenciária de Barreiras e a mulher está presa na delegacia de Barra.

O inquérito do caso vai ser entregue para o Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Segundo Ernandes Reis Santos Júnior, o suspeito é investigado por outros homicídios na região de Barra. No entanto, detalhes sobre os crimes não foram divulgados, porque se encontram em segredo de Justiça.

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