Desde a sua primeira edição, em 2005, o Prouni – Programa Universidade para Todos, já ofertou mais de 4 milhões de bolsas de estudo em faculdades particulares, das quais aproximadamente 3 milhões foram concedidas e pouco mais de 1 milhão ficaram ociosas conforme compilado realizado a partir do número de vagas ofertadas a cada ano pelo programa.
O Prouni sempre exigiu dos candidatos a pontuação mínima de 450 na média das notas das cinco provas do Enem e nota maior que “zero” na redação, além de uma renda per capta de até um salário mínimo e meio para as bolsas de 100% e de até três salários mínimos para as bolsas de 50%. Oito anos após a criação do programa, essas regras continuam as mesmas.
No segundo semestre deste ano, porém, através da Medida Provisória 1.075/2021, alunos que cursaram o ensino médio em escolas particulares sem bolsa integral também passarão a concorrer ao Prouni, aumentando o número de interessados e, consequentemente, a concorrência, com base na Medida Provisória 1.075/2021 que, segundo o Palácio do Planalto, melhora as políticas de inclusão na educação superior e diminui a ociosidade na ocupação das bolsas ofertadas.
Roberto Corazza, professor e especialista em Prouni e Sisu, explica que a MP significa uma tentativa do governo de diminuir a ociosidade das vagas, criando condições para que mais alunos, neste caso alunos de escola particular não bolsistas, possam se candidatar às bolsas.
No caso da classificação do Prouni, é levada em conta a modalidade de concorrência escolhida pelo estudante em sua inscrição. Dentro de cada modalidade será obedecida a seguinte ordem de prioridade: pessoa com deficiência, professor da rede pública e estudante oriundo da rede pública. A partir daí, terá preferência o estudante que cursou escola privada (no todo ou em parte, conforme regras detalhadas no texto). Esta ordem de prioridade afetou a nota de corte, razão pela qual elas não são mais divulgadas durante as inscrições do PROUNI.
Segundo informações do Ministério da Educação, as bolsas mais concorridas são para o curso de Medicina, o qual oferta mais de 2 mil bolsas por ano, com uma procura de mais de 100 candidatos por vaga para as bolsas integrais. O candidato precisa pesquisar no Portal do Prouni, durante as inscrições, a sua classificação diária e fazer, por sua conta, quando necessário, alterações nas suas opções, para se manter na disputa.
De acordo com o professor Corazza, não existe um manual de inscrições do Prouni, por isso, é importante que o aluno colecione o maior número de informações possíveis acerca das inscrições, converse com bolsistas ou profissionais da área para o auxiliar.
Outros programas de incentivo ao ensino superior, como o SISU (Sistema de Seleção Unificada) e FIES (Financiamento Estudantil), não sofreram alteração e permanecem com as mesmas regras do ano passado, possibilitando aos candidatos mais opções de ingresso à faculdade.
Para saber mais, basta acessar: www.professorcorazza.com.br