Adolescente morre vítima de ‘doença do tatu’ no Sul do Piauí

Amigo dele está em estado grave. As vítimas tiveram contato com um fungo presente nas tocas dos animais ao caçarem e desenvolveram a doença.

Jovem de 17 anos morre vítima de 'doença do tatu' e amigo está em estado grave no Sul do Piauí | Foto: Estação Natureza Pantanal,

Um adolescente de 17 anos morreu no último sábado (2) na cidade de Simões, no Sul do Piauí, por complicações provocadas pelo fungo coccidioides, que causa coccidioidomicose, popularmente conhecido como “doença do tatu”. Ele ficou internado por 8 dias e chegou a ser intubado. Esta foi a segunda morte pela doença registrada no município em quatro anos.

Segundo o UOL, o irmão dele de 14 anos e um amigo da vítima de 22 anos, foram contaminados e o mais velho está internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital em Picos.

A secretária de saúde do município de Simões, disse ao G1, que os três jovens saíram para caçar tatu há cerca de um mês e, em seguida, começaram a apresentar os sintomas da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a coccidioidomicose é um tipo de micose sistêmica, causada por um fungo e adquirida por inalação. Esse tipo de contaminação atinge primeiro os pulmões e tem um quadro semelhante ao da tuberculose.

A doença não é transmitida pelos animais aos humanos e nem é transmitida de uma pessoa para outra. A contaminação acontece por meio de inalação do fungo durante manejo de solo contaminado ou seja, pela inalação dos esporos (poeira que sai do buraco).

O fungo pode ser encontrado também em sítios arqueológicos. Trabalhadores rurais são o grupo mais atingido pela doença, mas trabalhadores de construção de estradas e de transporte terrestre são profissionais com alto risco de exposição ao fungo. Além de arqueólogos, antropólogos, paleontólogos e zoologistas.

Os sintomas

As pessoas contaminadas podem apresentar:

  • Tosse seca
  • Febre
  • Dor torácica
  • Dor nas articulações
  • Nódulos, manchas ou bolhas na pele
About Darlan Alves Lustosa 8327 Articles
Darlan Alves Lustosa é natural de Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, onde construiu uma sólida trajetória de envolvimento comunitário e defesa dos direitos locais. Com registro profissional 6978/BA e longa experiência como escritor e jornalista, Darlan é um entusiasta da política como ferramenta de transformação social. Ao longo de sua carreira, tem se dedicado a reportagens e artigos que buscam informar, educar e inspirar os leitores a participarem ativamente da vida cívica.Além de escrever para o Portal do Cerrado, Darlan também é sindicalizado e participa ativamente de iniciativas que promovem o desenvolvimento regional e o fortalecimento das causas populares. Sua atuação inclui a organização de eventos, como o Seminário de Combate ao Racismo Institucional e a Palestra do Defensor Público do Estado da Bahia, ambos realizados em Formosa do Rio Preto, com o objetivo de incentivar o diálogo e a justiça social.Darlan acredita que informar é um ato de responsabilidade social, e seu compromisso com a verdade e a precisão jornalística se reflete em cada publicação. Ele vê o Portal do Cerrado não apenas como um canal de notícias, mas como uma plataforma para fortalecer a voz do Oeste da Bahia e dos seus habitantes.
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