

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou na madrugada desta terça-feira (11), a suspensão imediata das operações da Voepass. A medida, em caráter cautelar, tomada devido à incapacidade da companhia de garantir o nível de segurança exigido pelos regulamentos vigentes, de acordo com informações do G1 e portal UOL.
Irregularidades motivaram a suspensão
A Voepass, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas, conta atualmente com seis aeronaves e atendia 17 destinos, sendo 15 comerciais e dois contratos de fretamento. Segundo a Anac, a decisão decorre da recorrência de irregularidades no sistema de gestão da empresa, comprometendo a segurança operacional.
Desde agosto de 2023, quando um acidente aéreo em Vinhedo (SP) resultou na morte de 62 pessoas. Desde então, aponta o portal UOL, a companhia passou a operar sob fiscalização assistida da Anac. Em outubro de 2024, foram impostas exigências como redução da malha, maior tempo de solo para manutenção das aeronaves e mudanças administrativas. No entanto, auditorias recentes apontaram reincidência de falhas, descumprimento de normas e ineficácia nas ações corretivas propostas.
Orientação aos passageiros afetados
A Anac orienta que os passageiros impactados pelos cancelamentos entrem em contato diretamente com a Voepass ou com a agência responsável pela venda da passagem para solicitar reembolso ou reacomodação em outras companhias.
A suspensão permanecerá em vigor até que a empresa comprove a correção das falhas e demonstre capacidade de operar com segurança.
Veja a nota publicada pela Anac sobre Voepass:
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu, em caráter cautelar, a partir desta terça-feira, 11 de março, as operações aéreas da Voepass, formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas. A suspensão vigorará até que se comprove a correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos.
Os passageiros que foram atingidos pelo cancelamento de voos da Voepass deverão procurar a empresa ou agência de viagem responsável pela venda do bilhete para efeito de reembolso ou reacomodação em outras companhias.
A Voepass conta atualmente com seis aeronaves. A operação inclui 15 localidades com voos comerciais e duas com contratos de fretamento.
A decisão da Anac decorre da incapacidade da Voepass em solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela Agência, bem como da violação das condicionantes estabelecidas anteriormente para a continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos.
Com a ocorrência do acidente aéreo no dia 9 de agosto de 2024 em Vinhedo (SP), houve a implantação de uma operação assistida de fiscalização da Anac nas instalações da Voepass. Servidores da Agência estiveram presentes nas bases de operação e manutenção da empresa para verificar as condições necessárias para a garantia do nível adequado de segurança das operações.
Em outubro de 2024, foram exigidas pela Anac medidas como redução da malha, aumento do tempo de solo das aeronaves com vistas à manutenção, troca de administradores e execução do plano de ações para as correções das irregularidades.
No final de fevereiro de 2025, após nova rodada de auditorias, foi identificada a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela Agência.
Além disso, foi constatada a reincidência de irregularidades apontadas e consideradas sanadas pela Agência nas ações de vigilância e fiscalização anteriores e a falta de efetividade do plano de ações corretivas. Ocorreu, assim, uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos da operação aérea.
Dessa forma, a Anac determinou a suspensão das operações da empresa até que seja evidenciada a retomada de sua capacidade de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes.
Com CNN
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