O ano de 2022 pode ficar marcado como o que mais registrou mortes no trânsito em Formosa do Rio Preto, no Extremo Oeste da Bahia. Ao longo do ano, pelo menos 12 pessoas morreram vítimas de acidentes com carros ou com motocicletas. Não é de hoje que o trânsito faz vítimas no município e há quem diga que os culpados são os pilotos, motoristas e também os pedestres e não o trânsito em si, por mais piegas que pareça o texto. O certo é que muitas vezes a imprudência tem feito vítimas fatais. Outras têm sequelas, se não para toda a vida, passarão boa parte do tempo para se recuperar.
Já em 2019, o Portal do Cerrado se preocupava com os números, tanto é que dados compilados pelo site junto ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu, mostraram que em 10 meses foram registrados 553 acidentes, média de 55 por mês.
Acidentes
O fato é que o município com pouco mais de 26 mil habitantes se tornou palco de tragédias no trânsito. No último acidente, um motociclista de 63 anos morreu após bater contra um caminhão. Antes na BR-135 um criança coreana morreu após o motorista perder o controle do carro que dirigia e tombar.
No final de novembro, um motociclista ficou cerca de 4 horas à espera de socorro após um acidente na zona rural e a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu quebrou antes de chegar ao local. A vítima quando socorrida, foi levada imediatamente para o Hospital do Oeste, em Barreiras. (leia aqui).
Em outubro um homem morreu depois de cair de um caminhão na zona rural do município.(veja aqui). Neste mesmo mês outra vítima foi um homem com deficiência visual, que morreu após ser atropelado na BR-135 em um trecho urbano. (leia aqui)
No mês de agosto na BR-135 houve três mortes em um acidente que também deixou também três feridos. Em outro registro do Portal do Cerrado, uma adolescente ficou em estado grave. Neste mesmo final de semana de agosto, um adolescente de 15 anos ficou entre a vida e a morte.
Quatro dias antes, um idoso de 62 anos, atropelado por um motociclista no início mês, morreu no Hospital do Oeste, depois de passar mais de 20 dias internado. No dia 5 de agosto foram registrados pelo menos 5 acidentes com motocicletas e um homem teve o tornozelo dilacerado em outro registro no dia seguinte.
Ainda em agosto, um adolescente de 16 anos morreu, após bater com a motocicleta em um caminhão. Em março, o município registrou a morte de uma criança, também em acidente de moto. Naquele mesmo dia 25, outro acidente deixou uma mulher gravemente ferida, que evoluiu para óbito dois dias depois.
Educação para o trânsito
A maioria dos acidentes envolve motocicletas e aconteceram na zona urbana do município. No entanto, apesar das mortes e diversos acidentes que não são registrados pelo site pela dificuldade de colher informações, as administrações públicas municipais têm ignorado os fatos ao longo dos anos. Este ano, no entanto, a prefeitura informou que vai lançar a licitação para a requalificação da sinalização viária e mudança do trânsito na sede. É um alento.
Talvez medidas como educação para o trânsito, fiscalização, sinalização vertical nas vias públicas, adequação para estacionamento, definição de preferencias e melhoria de acessibilidade nas calçadas, possam mitigar os problemas diminuindo os riscos.
Os custos para o município começam quando há o deslocamento de equipes de saúde e vão até a liberação do paciente, que pode durar dias ou meses. Daí em diante, a responsabilidade começa para as famílias na compra de medicamentos, insumos e deslocamento. Os serviços públicos para a fisioterapia, nem sempre são disponibilizados.
Trânsito brasileiro: 45 mil mortes e R$ 50 bilhões de prejuízo
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima em 45 mil mortos anuais e R$ 50 bilhões de custo econômico o resultado dos acidentes de trânsito no Brasil.
Em 2017, esses acidentes foram a principal causa de mortes de crianças entre 5 e 14 anos no país. Recentemente, a legislação mudou para punir com mais rigor o homicídio culposo de trânsito.
Volta pra escola, aprende a fazer um título coerente aí conteúdo.