Neto atribui queda no setor industrial baiano a uma ‘má administração do Estado’

E a pergunta é: quem pode resolver? Esses, que foram responsáveis por 25,2% de queda na indústria de transformação? Ou quem traz um projeto diferente?”

Foto: Assessoria de ACM Neto

O candidato a governador da Bahia ACM Neto (União Brasil) afirmou nesta segunda-feira (8) que a queda que o fechamento de indústrias na Bahia ocorreu por omissão e falta de uma política industrial clara por parte do governo do estado. Segundo nele, a fuga de investimentos para outros estados “aconteceu com a participação ativa das autoridades estaduais que estão no poder há 16 anos”.

“Pelo atraso em licenciamentos, pela falta de infraestrutura, pela falta de uma postura séria com as concessionárias. E eu destaco a concessionária de energia nesse ponto. Por conta da criação de taxas para os distritos industriais. Pela decisão de impedir a alienação de terrenos públicos para as empresas que querem se instalar. Por conta do total abandono da política de industrialização do interior. E a pergunta é: quem pode resolver? Esses, que foram responsáveis por 25,2% de queda na indústria de transformação? Ou quem traz um projeto diferente?”, questionou ACM Neto.

Durante encontro entre Setores Produtivos e Candidatos ao Governo do Estado, que ocorreu no Centro de Convenções de Salvador, Neto disse que se eleito vai iniciar um novo processo de industrialização do interior da Bahia, aos moldes do que ocorreu na década de 90. À época, o estado foi pioneiro no Norte e Nordeste ao atrair empresas em diversas frentes, sendo o exemplo mais destacado a instalação da Ford em Camaçari, fábrica que encerrou as suas atividades no ano passado.

Em sua fala, ACM Neto destacou que a Bahia registrou, entre 2010 e 2021, uma queda de 25,2% na produção de sua indústria de transformação, o dobro do recuo que foi acumulado no Brasil.

O candidato a governador disse que, antes de tudo, será preciso mudar radicalmente a postura. “Implantar a cultura do ‘sim’, do ‘vamos atrás’, do ‘vamos resolver os problemas’. É preciso ter uma postura de parceria do Governo do Estado com a iniciativa privada. Estar aberto para rever políticas fiscais e tributárias que, a partir da decisão do estado, permitam a expansão de empregos. Trabalhar com a simplificação, com a transparência, ampliar os procedimentos online e assegurar segurança jurídica para as empresas”, disse.

Se for eleito, ACM Neto pretende liderar um novo processo de industrialização da Bahia. “Vamos enfrentar os problemas de logística: estradas, aeroportos, portos, ferrovias. Vamos rever o papel dos distritos industriais, aplicar uma nova gestão, um novo modelo. E, finalmente, quero ser o grande propagandista do estado. Vou rodar o Brasil, vou rodar o mundo para atrair empresas. Vou pegar os empresários da Bahia, botar debaixo aqui do meu braço, do meu lado, e vamos trazer investimento e fazer com que a Bahia saia dessa inaceitável posição de campeã nacional do desemprego e um dos estados mais pobres de todo o Brasil”, completou.

Alternância

ACM Neto afirmou que o grupo que governa o estado há 16 anos já não possui ferramentas e não é capaz de apresentar as soluções para os problemas vividos pelos baianos. “Não vai ser com as mesmas pessoas no poder que nós vamos resolver os problemas que ocorrem na Bahia há 16 anos”

“Eu pergunto: o que é melhor para a Bahia? O que é melhor para o nosso futuro? Manter aqueles que estão aí há 16 anos? Que se acomodaram, que convivem com essa realidade de maneira condescendente? Que tentam passar para as pessoas de que tudo isso é normal? Que dizem que a solução para os problemas não está com eles? Que transferem a responsabilidade, terceirizam a culpa? Ou o melhor seria apostar em um projeto novo?”, perguntou em sua fala.

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