Policial de Avelino Lopes (PI) mata deficiente mental com tiro na cabeça e comove cidade

Crime ocorreu na madrugada deste domingo na localidade de Vila Nova. Imagem ilustrativa

Um deficiente mental de 40 anos foi morto com tiro na cabeça na tarde dessa quarta-feira (20/10), em Avelino Lopes, Sul do Piauí. As informações são do Portal Corrente

Segundo o Portal Corrente, a Polícia Militar foi acionada para acalmar Edimares Marques Figueiredo, que estaria em crise e agindo de forma agressiva, mas o homem acabou sendo morto na ocorrência. 

Segundo os policiais, ao chegarem no local eles foram atacados por Edimares que estava com um facão em punho. O relatório policial informa que foram feitos três disparos com bala de borracha contra ele sem nenhum efeito para acalma-lo.

“Um dos soldados chegou a ter luta corporal com o cidadão, levando um golpe de facão na cabeça que não chegou a perfurar mas que o deixou tonto”, diz relatório, segundo o site 180 Graus.

Após dois disparos de arma de fogo contra as pernas do indivíduo, um dos soldados acabou por acertar a cabeça de Edimares com um tiro, que teve óbito imediato.

Chocada, a família lamentou o desfecho da situação. “Estamos perplexos com a ação da PM. Estamos revoltados com essa tragédia”, lamenta um dos familiares.

A delegada responsável pela Delegacia de Polícia Civil de Curimatá, Ravena de Sousa Rodrigues, declarou que o caso está sendo investigado.

Nota do Batalhão

O Comandante do 4º GPM/7° Batalhão de Policia Militar de Avelino Lopes, Capitão Pedro Gomes Santos informou que foram tomadas todas as providências necessárias em relação ao caso, tendo sido acionada a perícia no local para que fizesse as primeiras investigações e consequente suporte ao inquérito policial. As partes envolvidas também já teriam sido ouvidas pelas autoridades policiais militares e civis e as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Piauí. 

Por medida de segurança e por determinação do comando da PMPI, o policial envolvido no caso estará afastado de suas funções até que se conclua o inquérito policial militar.

Nota da OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou uma nota de repúdio condenando a ação dos policiais militares, que considera desproporcional.

“A Policia Militar, como representante do Estado, não pode tolerar que
uma minoria tente agir em desconformidade ao seu regimento e código de disciplina. (..) E hora de uma firme resposta a todos, pois a sociedade clama pelo retorno da tranquilidade e punição exemplar administrativa civil e criminalmente de todos os envolvidos”, diz a nota.

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