A Justiça da Bahia determinou que os réus, acusados de envolvimento na morte do médico pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, em Barra, no Oeste do estado, vão a júri popular (leia aqui sobre a morte). Cabe recursão da decisão, portanto, não há data para o julgamento. As informações são do g1.
O juiz André de Souza Dantas Vieira acatou a representação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pronunciou os cinco criminosos – indiciados por tramar e executar o crime – por homicídio qualificado (motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima).
O processo está no prazo recursal. Dessa forma, após protocolado o recurso, e encaminhado para julgamento no TJ-BA, que decidirá se mantém ou reforma a sentença do primeiro grau.
Os réus do caso são:
- Diego Santos Silva (acusado de ser o mandante do crime);
- Jefferson Ferreira Gomes da Silva (acusado de ser o executor do crime);
- Ranieri Magalhães Bonfim Borges (acusado de ser o piloto que levou Jefferson);
- Adeilton de Souza Borges (acusado de ser olheiro que estava na clínica para vigiar o pediatra);
- Fernanda Lima da Silva (acusada de ser olheira que estava na clínica para vigiar o pediatra).
Em setembro do ano passado, um dos suspeitos de envolvimento no assassinato de Júlio César apresentou uma nova versão na primeira audiência do caso. O réu afirmou que uma sexta pessoa teria participado do crime.
A vítima foi morta enquanto fazia um atendimento na clínica em que trabalhava, em 23 de setembro de 2021. Conforme o G1, a primeira audiência aconteceu em Barra, quase um ano após o crime, e durou cerca de 12 horas.
Ainda segundo o G1, os réus e as testemunhas foram ouvidos na sessão. As cinco pessoas participaram da audiência virtualmente, uma vez que cumprem prisão preventiva em penitenciárias de Salvador e de Barreiras, também no oeste baiano.
Durante a sessão, um dos réus afirmou que uma sexta pessoa, chamada de “Japinha”, teria sido o mandante do crime. Segundo o réu, ela já teria morrido.
De acordo com o Ministério Público da Bahia, a versão apresentada pelo réu não se sustenta e por isso o órgão manteve a acusação inicial, que envolve os cinco suspeitos. Para o MP, Jeferson é o executor do crime, Diego Cigano o mandante, Ranieri o piloto da moto e Adailton e Fernanda os olheiros que estavam na clínica para vigiar o pediatra.
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