Brasil atinge maior fluxo cambial em uma década em 2022

Dados compartilhados pelo BC (Banco Central) na primeira semana de 2023 revelaram que o Brasil encerrou 2022 com o melhor fluxo cambial em dez anos. O termo diz respeito ao saldo das operações tanto das balanças comerciais, quanto das operações financeiras e vinculadas a instituições financeiras no exterior. O fluxo cambial demonstra a quantidade de divisas externas que entram ou saem do país.

No amontoado do último ano, foi registrado o ingresso líquido de US$ 9,574 bilhões (R$ 49,06 bilhões) pelo câmbio contratado, maior excedente desde 2012.

Já em 2021, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 6,134 bilhões (R$ 31,43 bilhões), como mostra uma publicação da Forbes. A conta comercial, por sua vez, chegou a US$ 34,288 bilhões (R$ 175,69 bilhões) em ingressos líquidos acumulados no ano passado, a maior soma desde 2018, data em que foram registrados US$ 47,740 bilhões (R$ 244,61 bilhões).

Em 2021, os setores comercial e financeiro chegaram ao superávit de US$ 9,803 bilhões (R$ 50,23 bilhões) e déficit de US$ 3,669 bilhões (R$ 18,80 bilhões), respectivamente. Para Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners, os resultados do fluxo cambial para o Brasil em 2022 foram positivos para o país.

Na análise de Bravo, o resultado expressivo se deve a uma construção de pelo menos quatro anos, período em que o país se preparou para estar entre os mais buscados para investimentos internacionais, de acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Econômico), organização econômica intergovernamental com 38 países membros. A entidade foi fundada em 1961 para estimular o progresso econômico e o comércio mundial.

“Além do mais”, acrescenta, “dentre os países membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na sigla em inglês) – agrupamento de nações de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico – o Brasil ainda é o mais estável, com grande potencial de crescimento”.

O empresário também chama a atenção para o resultado da balança comercial positiva de exportação, tanto do agro como da Indústria: “Todos estes fatores contribuíram para este grande resultado”.

Para 2023, o CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners acredita que as expectativas são positivas, apesar do cenário de alta inflação internacional.

“O Brasil deve seguir como um atrativo para a entrada de dólar e a busca de oportunidades dos investidores estrangeiros. Também temos o Marco Legal de Câmbio que vai possibilitar uma maior movimentação em dólar, e isso estimula a entrada de capital estrangeiro no país”, afirma.

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