Conheça a primeira mulher a coordenar o Departamento de Homicídio de Proteção à Pessoa

Delegada da Polícia Civil há 21 anos, Andréa Barbosa Ribeiro Magalhães Ribeiro já passou pela Divisão de Narcóticos do Draco e outras unidades.

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Delegada da Polícia Civil há 21 anos, Andréa Barbosa Ribeiro Magalhães Ribeiro já passou pela Divisão de Narcóticos do Draco e outras unidades. - Foto: Poliana Lima

Neste mês de março, especial para as mulheres, conheça a primeira a assumir a diretoria do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A delegada Andréa Barbosa Ribeiro Magalhães Ribeiro, 47 anos, natural de Cairu, na Costa do Dendê, coordena a unidade há dois anos e já passou por diversas outras ao longo dos 21 anos de carreira.

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A autoridade policial se formou no curso de Direito na Universidade Estadual De Santa Cruz (UESC), prestou concurso público para a Polícia Civil, sendo designada para atuar no município de Bom Jesus da Serra, no interior da Bahia. “O início foi um grande desafio. Na época já morava na capital, minha filha estava com quatro anos e tive que ir trabalhar distante dela. Nesse período de transição, contei com o apoio do meu esposo e sogra, pois abri mão da maternidade por um período para me dedicar ao momento profissional”, contou.

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Foto: Poliana Lima

Até chegar ao DHPP, a delegada ganhou diversas experiências, com a lotação nas 1ª, 5ª, 10ª e 15ª Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins), entre outras unidades. Quando retornou à capital, Andréa passou a se dedicar à elucidação de homicídios. “É uma coisa que eu gosto de fazer. Apurar, investigar, dar uma resposta rápida à situação. Percebi isso ainda na antiga Delegacia de Homicídios (DH) nos Barris”.

Ela diz que teve a oportunidade de trabalhar com pessoas experientes e confessa o constante desejo de aprender. “Até hoje qualquer dúvida eu pergunto, pois nunca é demais saber e tarde para aprender. Por sermos mulheres, a cobrança é sempre maior, por isso temos que saber lidar com várias situações e ambientes. Esse não é um problema institucional, mas sim da sociedade”, enfatizou.

A trajetória da delegada ganhou novos rumos quando passou a atuar na Divisão de Narcóticos do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). “Foi uma fase importante na minha vida. Participei de grandes operações como Balão Mágico, Ícaro, Cangalha e tantas outras. Tive uma satisfação profissional e pessoal, pois pude contribuir de forma efetiva contra o crime organizado”, pontuou.

Para a diretora, que trabalha há dez com elucidação de assassinatos, essa experiência agregou conhecimentos que aplica até hoje, visto que os crimes de homicídios e tráfico de drogas estão na maioria das vezes relacionados.

Entre os casos de repercussão social, destaca as elucidações das mortes da adolescente Cristal e da dupla assassinada após cometer furtos em um supermercado no bairro de Amaralina. “Para lidar com esse tipo de situação é necessário ter humildade, empatia, coragem, capacidade de mobilizar a equipe em torno de uma missão, trazer para si responsabilidades, além de competência técnica”, disse.

Mulheres que inspiram

Para chegar ao cargo de destaque, a delegada contou com grandes mulheres pelo caminho. A primeira foi sua mãe, Marina Barbosa Ribeiro, conhecida por ser forte, assim como a irmã, Ieda Ribeiro Franco, que deu grande suporte nos estudos, além do emocional e cultural, no início da trajetória. Ela também cita a delegada-geral da PC, Heloisa Brito, como grande exemplo.

“A delegada- geral é fonte de inspiração para todos os servidores, em especial para nós mulheres. Tenho ela como referência de determinação, coragem, atitude entre outros atributos. Ela é um espelho para meu trabalho”, disse.

Também fez questão de citar outras pessoas que contribuíram para a sua carreira. “Primeiro meu esposo, Sandro Augusto Magalhães Ribeiro, grande incentivador e parceiro. Me apoiou na decisão de seguir a carreira, assumiu e completa até hoje o cuidado doméstico e familiar. Com a ajuda dele consigo desenvolver os papéis de mãe, esposa e profissional”, contou, acrescentando que do pai, Manoel Passos Ribeiro, herdou a humildade e paciente, utilizada tanto na vida quanto no trabalho. “Sou de uma família de oito irmãos e tenho dois filhos, e a união familiar me ajudou a chegar até aqui”, concluiu.

Sobre Darlan Alves Lustosa 7979 Artigos
Darlan Lustosa é formosense que gosta da escrita e acredita que a política é um meio de transformação da vida das pessoas.Vive e mora em Formosa do Rio Preto, no extremo Oeste da Bahia, com registro profissional 6978/BA e sindicalizado, sobretudo para fortalecer a causa e defender direitos.
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