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Há cerca de dois anos, quando começou a fazer escavações para a fundação de sua casa em uma rua do bairro Santo Expedito em Formosa do Rio Preto, o agricultor, Jakson Otávio Oliveira Lacerda de 37 anos, observou um objeto, logo no início da obra. De imediato lembrou das várias histórias que ouviu sobre urnas funerárias encontradas em Formosa do Rio Preto, mas que nunca foram objetos de estudo. Atento, escavou com cuidado ao redor, e deparou com um artefato de cerâmica, que tudo indica tratar de objeto indígena. Neste período o objeto ficou sob sua guarda a espera de alguém ou algum órgão que pudesse demonstrar interesse.
Jakson Otávio Oliveira Lacerda pode ter feito um achado arquelógico
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Em contato com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, o órgão recomendou a comunicação por meio oficial para que arqueólogos do Instituto possa catalogá-la e conduzí-la a local apropriado, o que provavelmente seja o campus de Barreiras da Universidade Federal do Oeste da Bahia – Ufob.
No entanto, até que o material seja analisado por pesquisadores, não se pode afirmar ainda de que se trata de objeto indígena e a que povos o material possa pertencer.
Este não é o primeiro artefato localizado no território do Rio Preto, mas deverá ser o primeiro como objeto de estudos para que se determine um período e ou a confirmação se é mesmo um objeto indígena. São inúmeros relatos de moradores sobre urnas encontradas no município.
Para o professor Rafael Trapp da Universidade do Estado da Bahia – Uneb, se confirmado como objeto indígena, o achado se “tornará ainda mais importante tendo em vista a total inexistência de produção historiográfica sobre indígenas no Oeste da Bahia, contrariando a ideia do Oeste como ‘vazio demográfico’, parte da narrativa colonial dominante”, diz.
